O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi nesta terça-feira (25) inaugurar uma praça em Mogi das Cruzes, na Região Metropolitano da capital, município governado pela aliada bolsonarista Mara Bertaiolli (PL). Como não poderia deixar de ser, a imprensa quis ouvir a opinião dele sobre a denúncia da PGR ao STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado pelos graves crimes de organização criminosa, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Valentão, como todo bolsonarista, o governador carioca de São Paulo disparou contra o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e os integrantes do Supremo Tribunal Federal, ainda que sem citar nomes ou cargos.
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"Não faz sentido nenhum [a denúncia], é uma forçação de barra, o que você tem hoje é uma questão de revanchismo", vaticinou Tarcísio.
Na sequência, ele foi ainda mais longe e afirmou que impor um julgamento a Bolsonaro depois de tudo que ele fez de ilegal seria "vulgarizar" a Justiça.
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"Está se criando uma maneira de responsabilizar pessoas que não têm responsabilidade. A gente não pode partir para esse tipo de vulgarização, isso é perigoso, isso cabe para o inimigo público número 1 hoje, vai caber para o inimigo número 1 de amanhã", acrescentou o governador, falando aos jornalistas e ao público.
No entanto, também como bom bolsonarista, que invariavelmente retira o que disse e procura dissimular seus rompantes de valentia quando a coisa aperta, a assessoria de Tarcísio de Freitas removeu os trechos com essas falas do canal oficial do governo paulista na plataforma Soundcloud, que disponibiliza conteúdos para todos os internautas, mas que normalmente é usada por jornalistas.
Sobre a edição do áudio que tirou as afirmações inflamadas do governador, a assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes não se manifestar.
