O ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, exonerado do cargo em setembro de 2024 após acusações de assédio pela ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, anunciou seu retorno à vida pública neste sábado (15), por meio de postagem no Instagram.
Almeida afirmou que as denúncias de assédio sexual foram uma tentativa de matá-lo e apagar seu trabalho. O ex-ministro é investigado pela Polícia Federal (PF) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por assédio sexual e moral após acusações não só a ministra Anielle, mas também de outras mulheres que fizeram relatos à ONG Me Too.
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Na postagem em seu perfil no Instagram, o ex-ministro afirma que tentaram o transformar em "um monstro" e apontou racismo nas acusações.
"Tentaram me transformar, repentinamente em um monstro, um homem que sempre enganou milhares de pessoas, um "abusador" de mulheres. Algumas pessoas nem disfarçaram o racismo ao manifestar que já esperavam isso vindo de um homem 'como eu'. Leia-se, um homem negro", diz o texto.
O ex-ministro ainda declara que pessoas que conviveram com ele nos últimos 30 anos, como alunas, colegas, empregadas e assistentes, jamais foram ouvidas durante as investigações. Almeida acrescenta que sua família, amigos, alunos e parceiros de trabalho cantaram no "velório" que "armaram" para ele. "E se o morto levanta, o velório acabou".
Almeida anunciou que irá retomar seu canal no Youtube, onde irá fazer, a pedidos, uma análise da nova política dos Estados Unidos. O ex-ministro também anuncia que uma nova edição do seu livro "Racismo Estrutural" será lançada. Outros projetos também foram divulgados por Almeida.
Por fim, o ex-ministro afirma que está "vivo", "indignado" e que não quer "compaixão" nem "segunda chance". "Eu quero justiça", diz.
Confira a íntegra do anúncio do ex-ministro abaixo: