A vereadora de Contagem (MG) pelo PT, Moara Saboia, criticou a atuação de Romeu Zema (Novo) à frente do poder do estado de Minas Gerais e afirmou que o governador age como um "menino mimado" em suas decisões. A declaração de Moara foi feita ao programa Fórum Onze e Meia desta sexta-feira (24).
Durante a entrevista, a parlamentar comentou sobre os últimos embates entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Zema em relação à dívida de R$ 163 bilhões do estado mineiro. A vereadora afirmou que o governador nunca pagou nenhuma parcela da dívida e age como um "menino mimado" ao tratar desta questão com o governo federal. Além disso, Moara também criticou a postura de Zema ao não comparecer ao evento de assinatura de concessão da BR-381, conhecida como "rodovia da morte".
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"Tem uma música do Criolo que fala que 'meninos mimados não podem reger a nação' e isso se encaixa perfeitamente para o novo governador Zema. [Ele] tem sido um menino mimado com o governo federal ao tratar de qualquer uma dessas questões", afirmou Moara.
"Ele não foi dialogar com o governo em relação à dívida, quem fez o diálogo foram os deputados estaduais de Minas Gerais e um senador. Ele teve a oportunidade de apresentar todas as questões que achava e preferiu não fazer. Agora, quando finalmente o governo federal apresenta uma solução, ele diz que não quer", acrescenta a vereadora.
Moara ainda pontua que falta ao governador mineiro "descer do palanque". "Ele precisa descer do palanque para continuar governando Minas Gerais", diz a vereadora, afirmando que Zema "governa a partir do Twitter e falando mentiras".
"Deveria ter uma lei que protegesse o cidadão [contra a desinformação]. Eu fico indignada como um político sobe em um plenário e fala mentiras, e isso não tem consequência. É isso que o governador tem feito aqui em Minas Gerais", afirma Moara.
A vereadora também defende que a proposta de Zema para sanar a dívida do estado não atende à população mineira, pois além de propor a privatização de empresas públicas como a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), também prevê congelar o salário dos servidores por mais dez anos.