DEMOLIDOR

Haddad desmascara Romeu Zema após ataque do governador a Lula

Ministro da Fazenda muda de postura e sobe o tom contra mentiras da oposição

Fernando Haddad e Romeu Zema.Créditos: Ministério da Fazenda/Divulgação/Reprodução/Facebook
Escrito en POLÍTICA el

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deu nesta quinta-feira (16) uma resposta demolidora ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema, após um ataque do mandatário estadual ao governo Lula por conta dos vetos ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag)

Zema havia usado as redes sociais para acusar o governo federal de “querer que os estados paguem a conta de sua gastança”, citando vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao programa. Haddad não apenas rebateu a narrativa, mas desmascarou Zema, expondo contradições e omissões no discurso do governador mineiro.

"O governador de Minas Gerais Romeu Zema usou esta rede para atacar o governo federal, mas, como é de praxe no bolsonarismo, esconde a verdade. Primeiro: esqueceu de mencionar que se reuniu comigo e apresentou uma proposta para a renegociação das dívidas bem menor que a aprovada e sancionada agora", revelou o ministro, deixando claro que o próprio Zema havia concordado anteriormente com condições menos vantajosas do que as oferecidas pelo programa.

Haddad também desmontou uma das principais alegações de Zema, que sugeriu que os vetos prejudicam os estados. “O veto citado por ele simplesmente pedia que a União pagasse dívidas dos estados com bancos privados”, explicou, ressaltando que a medida vetada transferiria para o governo federal uma responsabilidade financeira que pertence aos estados.

Para fechar, Haddad destacou a incoerência do governador ao criticar “privilégios e mordomias”, enquanto sancionava um reajuste substancial no próprio salário.

"Em terceiro lugar, ele critica privilégios enquanto sancionou o aumento do próprio salário em 298%, durante a vigência do Regime de recuperação fiscal, inclusive", finalizou o ministro. 

Confira: 

O Propag e os vetos presidenciais

O Propag, sancionado na última terça-feira (14), é uma iniciativa do governo federal para renegociar as dívidas dos estados com a União. O programa prevê descontos em juros, parcelamento em até 30 anos e a criação de um fundo de equalização federativa para beneficiar estados com bom desempenho fiscal.

Apesar de ter elogiado a proposta em ocasiões anteriores, Zema criticou os vetos presidenciais que, segundo ele, “mutilaram” o projeto. Entre os trechos vetados estavam medidas que permitiriam a postergação de pagamentos sem contrapartidas e a transferência de obrigações financeiras dos estados para a União.

O governo federal, entretanto, defende que os vetos foram necessários para proteger as contas públicas e evitar que a União assumisse dívidas de estados com instituições privadas. De acordo com Haddad, essas mudanças mantêm o foco na recuperação fiscal sem comprometer o equilíbrio das finanças nacionais.

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar