Fernando Haddad está imparável. Numa versão “tratoresca” e de língua afiada, o ministro da Fazenda parece ter abandonado sua habitual cordialidade após os episódios horrendos de fake news da extrema direita, passando a “atropelar” os opositores que surfam a onda de mentiras que tem atingido o governo Lula (PT).
A vítima, pela segunda vez na semana, foi o governador Romeu Zema (Novo), aquele mesmo que jura não ser bolsonarista mas apoia Jair Bolsonaro (PL) em tudo e faz coro e dobradinha com as figuras escatológicas da atmosfera política do ex-presidente. Acostumado a posar de “gestor hábil” e sempre pronto a atacar o governo federal com sua cantilena de “empreendedor” rígido com as contas de Minas Gerais, ele acabou tendo que se conformar com a nova patada de Haddad, que o deixou certamente desorientado.
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Numa postagem no X (antigo Twitter), o ministro da Fazenda lembrou que Zema, ao contrário do que gosta de dizer e de espalhar, não é um “gestor” de mão cheia, já que a dívida do estado administrado por ele aumentou significativamente em 33% só no primeiro mandato do governador (2019-2022) e que subiu ainda a 55% apenas nos dois primeiros anos deste segundo mandato, indo de R$ 119 bilhões para R$ 185 bilhões. Haddad ainda lembrou que tal explosão não se deu só por juros, mas principalmente pelo fato de o estado estar aplicando calotes amplos na União (no valor de R$ 30 bilhões) e em instituições privadas (R$ 12 bilhões).
A fúria de Haddad surgiu após Zema, num ato cínico, atacar Lula por conta dos vetos ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). O governador mineiro veio com o papo de “fazer o dever de casa”, acusando o Planalto de “querer que os estados paguem a conta de sua gastança”. O problema é que Zema simplesmente não paga as dívidas que Minas tem com a União e com banco, aplicando sucessivos calotes, aumentando de maneira calamitosa o volume financeiro devido por seu estado.
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Na quinta (16), Haddad já havia disparado com virulência contra Zema, o desmascarando publicamente nas redes. “O governador de Minas Gerais Romeu Zema usou esta rede para atacar o governo federal, mas, como é de praxe no bolsonarismo, esconde a verdade. Primeiro: esqueceu de mencionar que se reuniu comigo e apresentou uma proposta para a renegociação das dívidas bem menor que a aprovada e sancionada agora”, revelou o ministro.
Veja a postagem com a nova resposta demolidora desta sexta (17):