O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mandou um recado claro a seus eleitores, no momento em que foi levar, aos prantos, a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro, ao aeroporto, para representa-lo na posse do presidente americano Donald Trump:
Ele era a sua representante e não seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, secretário de Relações Institucionais e Internacionais do PL.
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Bolsonaro foi impedido de ir pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele está com o passaporte retido.
Aliados do ex-presidente consideraram um erro a escolha de Michelle e não de Eduardo para ser seu representante na posse, segundo a coluna de Lauro Jardim, no Globo.
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Previsível
Certa ou errada, a atitude é bem previsível. Bolsonaro disputa até com a própria sombra. Seu filho Eduardo levou um grande puxão de orelha público do pai ao afirmar em um evento de extrema direita no início do ano, em Buenos Aires, que "pode ser" o plano B para representar a extrema direita na disputa presidencial de 2026.
"Tem um provérbio que diz que o inteligente também pensa na morte. Imagina se Bolsonaro morre amanhã? Pode acontecer. O que você acha que vai acontecer no movimento da direita? Acha que vai ter uma convergência em torno de um nome para 2026? Acha que o pau vai quebrar? Acha que vai ter uma estratégia dentro do Congresso Nacional? Ou vai ser caos?", provocou Eduardo em declaração durante o evento.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Eduardo ainda reforçou: "O plano A é [Jair] Bolsonaro, posso ser o plano B", reafirmando sua posição como um possível sucessor político dentro do bolsonarismo.
No dia seguinte, bem no seu estilo, Bolsonaro respondeu:
“O plano A sou eu, o plano B sou eu também e o plano C sou eu”, disse em entrevista à Rádio Gaúcha. “A não ser depois da minha morte física ou política em definitivo, que eu vou pensar em um possível nome.”