A proximidade entre Alexandre Padilha, atual ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), e o possível futuro presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), reforçou as expectativas de que a relação será mais harmônica do que a construída com Arthur Lira (PP), marcada por conflitos e disputas. Essa integração nos últimos meses fortaleceu o nome de Padilha para permanecer no comando da SRI, função que exige alta confiança do presidente Lula.
A permanência de Padilha no cargo também impacta diretamente as especulações sobre o futuro do Ministério da Saúde. Integrantes do governo avaliam que dificilmente ocorrerá uma substituição de Nísia Trindade, atual titular da pasta. O único nome considerado para sucedê-la que agradava ao alto escalão do governo, incluindo o presidente Lula, era o próprio Padilha, que já liderou o ministério durante o governo Dilma Rousseff. Com a confirmação de Padilha na articulação política, a posição de Nísia na Saúde ganha maior estabilidade.
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Os ministérios da Saúde e da Secretaria de Relações Institucionais são vistos como estratégicos e exigem nomes de alta confiança do presidente. Tanto Padilha quanto Nísia atendem a esse critério, o que reduz a possibilidade de mudanças nos dois postos, mesmo diante de pressões externas ou críticas.
Quando questionado pela coluna sobre a possibilidade de a crise envolvendo o surto de dengue dificultar a permanência de Nísia Trindade, um integrante da articulação política foi enfático: “Crise por crise, também teríamos que tirar Robinson Barreirinhas, chefe da Receita Federal, por conta da crise do Pix”. A resposta ilustra a percepção de que desafios e críticas não serão suficientes para alterar a configuração ministerial.
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A coluna já havia antecipado que Padilha goza de prestígio junto ao presidente Lula e que, mesmo em um cenário hipotético de saída da SRI, ele seria considerado para cargos de igual relevância no governo. No entanto, as articulações recentes e a integração com Hugo Motta consolidam sua permanência na Secretaria de Relações Institucionais, enquanto Nísia deve continuar no Ministério da Saúde, reforçando a confiança do presidente na equipe atual.