A Advocacia-Geral da União (AGU) avalia entrar com uma ação civil pública contra os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), além do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por disseminarem informações falsas que abalaram a confiança no sistema de pagamentos instantâneos, o Pix, e na Receita Federal.
A postura desses parlamentares, integrantes da tropa de choque bolsonarista, é apontada como agravante na crise de credibilidade que impactou instituições financeiras e a população.
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Entre os conteúdos investigados, destaca-se um vídeo de Nikolas Ferreira que alcançou mais de 200 milhões de visualizações, questionando a segurança e as operações do Pix. Em meio à onda de desinformação, o governo Lula recuou e decidiu revogar uma nova norma de monitoramento das transações financeiras, nesta quarta-feira (15).
A informação foi veiculada pela coluna Bela Megale, do jornal O Globo, e confirmada com fontes da Revista Fórum.
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Impacto econômico e social
Dados preliminares da AGU indicam que as informações falsas propagadas pelos parlamentares resultaram em sérios prejuízos à economia popular, prejudicando pequenos comerciantes e cidadãos que dependem do Pix. A crise de reputação também teria afetado a adesão ao sistema, essencial pela sua agilidade e segurança.
Fontes da Fórum na AGU afirmam que a retórica agressiva dos políticos, baseada em desconfianças infundadas, gerou um clima de insegurança que comprometeu a confiança da população no sistema financeiro.
A ação civil pública deve incluir pedidos de reparação por danos morais coletivos, além de buscar reforçar a responsabilidade política na preservação da integridade dos serviços públicos.
Investigação e busca por justiça
Na noite de quarta-feira, a AGU solicitou que a Polícia Federal instaurasse um inquérito para apurar as mentiras e distorções divulgadas sobre o Pix. O objetivo é responsabilizar os envolvidos, reparar os danos causados e promover um debate amplo sobre a ética na comunicação política e a disseminação de informações verídicas.
Além disso, a mobilização da sociedade civil e o apoio de especialistas em direito e economia são considerados fundamentais para fortalecer a confiança no sistema financeiro nacional e evitar novas crises de reputação. A AGU espera que a ação sirva como alerta sobre os impactos negativos da desinformação, reforçando a necessidade de responsabilidade no uso da comunicação pública.