ACORDO DE PAZ

Após cessar-fogo, Lula espera "solução duradoura que traga paz e estabilidade" ao Oriente Médio

Em nota, o governo brasileiro apelou "pela retomada imediata do processo de paz entre israelenses e palestinos", reiterando "seu compromisso com a solução de dois Estados"

Lula celebrou o cessar-fogo em Gaza em postagem nas redes sociaisCréditos: Ricardo Stuckert/PR
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Após o anúncio de um cessar-fogo em Gaza, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva postou uma mensagem nas redes sociais celebrando o acordo.

"Após tanto tempo de sofrimento e destruição, a notícia de que um cessar-fogo em Gaza foi finalmente negociado traz esperança. Que a interrupção dos conflitos e a libertação dos reféns ajudem a construir uma solução duradoura que traga paz e estabilidade a todo Oriente Médio", disse ele.

Na mesma postagem, o presidente compartilhou uma nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores sobre o acordo firmado entre o governo de Israel e o Hamas, mediado pelo Catar, Estados Unidos e Egito.

"O governo brasileiro tomou conhecimento, com grande satisfação, do anúncio, pelos governos do Catar, do Egito e dos Estados Unidos, de cessar-fogo na Faixa de Gaza", começa a nota. "O Brasil exorta as partes envolvidas a respeitarem os termos do acordo e a garantirem a cessação permanente das hostilidades, a libertação de todos os reféns e a entrada desimpedida de ajuda humanitária a Gaza, assim como a assegurarem as condições necessárias para o início do urgente processo de reconstrução de sua infraestrutura civil", diz ainda o texto.

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A nota afirma ainda que "o Brasil apela pela retomada imediata do processo de paz entre israelenses e palestinos e reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital".

Próximos passos do cessar-fogo em Gaza

Segundo anúncio feito pelos mediadores do cessar-fogo, o acordo entrará em vigor no domingo (19) e começará com um período de 42 dias, com a libertação de 33 prisioneiros israelenses e vários prisioneiros palestinos.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, reivindicou o crédito pelo acordo que classificou como “épico”, sugerindo que seu enviado para o Oriente Médio, Steve Witkoff, ajudou a concluí-lo.

Mesmo com o anúncio, Israel continuou seus bombardeios contra Gaza, matando 12 pessoas em um ataque a um complexo residencial na Cidade de Gaza. O Ministério da Saúde palestino também reportou um ataque israelense em Jenin, na Cisjordânia ocupada, que matou pelo menos seis pessoas.

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