O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), será novamente denunciado à Organização das Nações Unidas (ONU) pelo aumento da letalidade policial no estado paulista.
A denúncia será apresentada pela Conectas Direitos Humanos na próxima quarta-feira (18) durante a 57ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU. A organização chamará atenção para o aumento de 94% nas mortes causadas por policiais no primeiro semestre deste ano, e reforçar que a letalidade policial afeta principalmente pessoas negras e de baixa renda.
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A entidade também falará sobre o programa Olho Vivo, que implementou câmeras corporais em uniformes da PM. Na visão da organização, a iniciativa foi bem-sucedida para reduzir a letalidade policial, porém, sofreu "esforços do governador" para ser encerrada.
"É urgente que o Estado brasileiro assegure uma ampla implementação do programa de câmeras em forças policiais e, particularmente, que o estado de São Paulo mantenha diretrizes que assegurem o controle da letalidade policial e a proteção a policiais por meio da garantia de gravação contínua, automática e armazenamento de dados independentes", diz uma declaração preparada pela Conectas, ao qual a Folha de S. Paulo teve acesso.
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Em março deste ano, Tarcísio já havia sido denunciado à ONU pela mesma questão. Em resposta, o governador desmereceu a denúncia. "Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com relação ao que está sendo feito. O pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça (em referência à clássica HQ), no raio que o parta, que eu não estou nem aí", declarou.
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