Nesta quinta-feira (8), a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal vai votar três requerimentos propostos pela oposição sobre a postura brasileira frente às eleições venezuelanas.
A ex-ministra de Bolsonaro Tereza Cristina (PP-MS) propôs que o secretário especial do presidente Lula para temas internacionais, Celso Amorim, e a embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, sejam ouvidos em uma audiência no Senado Federal.
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O também ex-ministro de Bolsonaro Ciro Nogueira (PP-PI) propôs a convocação do ministro de Relações Exteriores Mauro Vieira para "prestar informações acerca do posicionamento do Brasil sobre as recentes eleições na Venezuela, sobretudo, diante do silêncio do Brasil perante a crise por graves e contundentes suspeitas de fraude no pleito presidencial desse país".
O Brasil pede transparência nos dados eleitorais e a manutenção da paz na região antes de reconhecer o governo de Nicolás Maduro, anunciado como vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral do país.
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A posição brasileira sobre transparência nas eleições venezuelanas é acompanhada da Colômbia, do México e de outros países da União Europeia. O Brasil contrariou, até o momento, a posição de China e Rússia - que aceitaram enfaticamente o processo eleitoral -, e a posição de Chile, Argentina e Peru - que recusaram os resultados eleitorais e endossaram o golpe da oposição.
O governo não possui maioria na Comissão, que deve apoiar os requerimentos. Desta maneira, nas próximas semanas, os funcionários do Itamaraty e Celso Amorim, ex-diplomata, devem tecer comentários sobre a situação venezuelana no Brasil, colocando as eleições de um país soberano em meio à nossa própria pauta nacional.