CÁRMEN LÚCIA

Cármen Lúcia não convidou Bolsonaro para sua posse; e com apoio da maioria da corte

O ex-presidente se manifestou sobre a sua ausência; outros ex-presidentes foram convidados, mas não foram para evitar “climão”; entenda aqui

Cármen Lúcia.Créditos: Antonio Cruz/Agência Brasil
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi convidado para ir nesta terça-feira (3), à posse da ministra Cármen Lúcia na presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Segundo ele, “não chegou o convite. Não vou onde não sou convidado”.

E, de fato, de acordo com informações da coluna de Juliana Dal Piva no ICL, a própria Cármen Lúcia teria vetado o convite. E, para tal, a atual presidenta do TSE contou com o apoio da maioria dos colegas da corte.

O discurso de posse de Cármen Lúcia não deixou margens para dúvidas. Ela citou, durante apenas 12 minutos de discurso, o termo “mentira” 15 vezes e “ódio” por seis vezes. “A mentira espalhada pelo ecossistema digital é um desaforo tirânico contra integridade da democracia”, disse em um recado claro ao ex-presidente.

Além disso, a ministra fez vários elogios ao desempenho do seu antecessor, o ministro Alexandre de Moraes que, segundo ela teve “papel determinante, especialmente em 2022, para a realização de eleições seguras, sérias e transparentes, em momento de grande turbação provocada pela ação de antidemocratas”.

Papel de vítima

Dal Piva afirma ter confirmado com assessores de Michel Temer, Dilma Rousseff e José Sarney que eles foram convidados para comparecer à cerimônia, mas resolveram não ir. Apesar de ser praxe a presença de ex-presidentes neste tipo de evento, pelo menos dois deles consideraram não ir para evitar criar um “climão” para Cármen Lúcia.

Uma foto da ministra com outros ex-presidentes, na avaliação deles, reforçaria o discurso de vitimização de Bolsonaro frente ao TSE –que o tornou inelegível por 8 anos no ano passado– e o STF (Supremo Tribunal Federal), do qual Cármen faz parte.