A revista Piauí teve acesso a cerca de 952 mil mensagens trocadas por procuradores no aplicativo Telegram do celular de Deltan Dallagnol, que hoje é um deputado cassado e ex-procurador à frente da extinta Operação Lava Jato.
Um dos grupos mais ativos do material obtido pela publicação é o "Bancada Digital" (BD). O conteúdo analisado revela servidores da Justiça eivados de preconceito contra pessoas com HIV e que estas "deveriam ser sobretaxadas" para ter acesso ao tratamento via Sistema Único de Saúde (SUS).
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Além de preconceitos de classe, as mensagens também revelam o que pensam alguns procuradores sobre personalidades do mundo da Justiça. Em determinada conversa, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia é alvo de uma série de comentários depreciativos sobre estética, vida pessoal e especulações sobre a sua orientação sexual.
O diálogo nada republicando sobre a ministra Cármen Lúcia é travado entre Lívia Tinoco, Janice Ascari, Wellington Saraiva e Luiz Lessa. Confira abaixo:
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Lívia Tinoco: Cármen Lúcia é franciscana. Mulher simples. De muita renúncia. Não tem filho para sustentar.
Janice Ascari: Nem gasta com cabeleireiro.
Lívia Tinoco: Nem com dentista. Tem uns dentes horríveis, Amarelos e tortos. Mereciam uma lente pra ajudar um pouco o sorriso. […] Já passou da hora de fazer um preenchimento e um botox
Janice Ascari: hahahahahahaha
Wellington Saraiva: Alguém sabe se é casada, já casou, teve união com qualquer nível de estabilidade e se tem filhos? Não que isso tenha relevância profissional, mas tem…
Lívia Tinoco: Eu gosto tanto da Cármen Lúcia. Acho ótima magistrada. Mas em matéria de cuidados corporais ela é péssima. Parece até ser anti-higiênica.
Janice Ascari: Galega, pegou pesado hahaha
Luiz Lessa: A quantidade de publicações indica que ela não teve tempo para romance