Os últimos dias foram marcados por ataques sistemáticos oriundos da bancada evangélica e da extrema direita como um todo contra as mulheres, que se unificaram em defesa do "PL do estupro" (PL 1904/24), que visa equiparar o aborto ao crime de homicídio.
No entanto, a bancada evangélica e a horda bolsonarista não contavam com a forte reação do movimento feminista, que colocou milhares de mulheres nas ruas em vários cantos do Brasil.
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Além disso, o "PL do estupro" também gerou uma ampla reação de setores da sociedade, que consideraram o texto uma violência contra as mulheres e uma completa inversão de valores. Até mesmo o apresentador Luciano Huck, durante o "Domingão" do último domingo (16), detonou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Mas, apesar do aparente recuo de Arthur Lira, que anunciou nesta terça-feira (18) que o "PL do estupro", antes de ser votado, passará pelo crivo de uma comissão representativa e que não está em jogo "retroagir direitos das mulheres", a bancada evangélica e extremistas não cessaram os ataques contra as mulheres.
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E foi durante um discurso obscurantista do deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), onde disparava uma série de ataques contra os direitos das mulheres decidirem sobre seus corpos, que a deputada Carol Dartora (PT-PR) teve uma atitude que, de uma maneira ou de outra, foi representativa do sentimento geral de que ninguém mais aguenta o retrocesso civilizatório simbolizado nos deputados da extrema direita.
Enquanto o deputado extremista discursava no parlatório, Carol Dartora, que passava atrás dele, mostrou a língua para o parlamentar. Alguns podem reprovar a atitude da deputada, mas ela, simbolicamente, representa o que muitas mulheres querem fazer com aqueles que, diariamente, maquinam como atrapalhar a vida das mulheres.
À Fórum, a deputada Carol Dartora declarou que a sua atitude "foi ocasionada pelo calor do embate sobre o Projeto de Lei 1904/2024, que afeta diretamente a vida de nós mulheres negras e de nossas crianças. O embate reverbera, ainda mais, o ambiente violento que vivemos cotidianamente dentro desta Câmara, especialmente na fala do deputado que disseminou fake news, ódio e violência contra os corpos femininos e, infelizmente, no calor do momento, reagi em protesto".
Confira o momento no vídeo abaixo: