ELEIÇÕES 2024

Pesquisa para a prefeitura de BH traz apresentador de TV Mauro Tramonte na liderança

Disputa pelo segundo lugar é acirrada na capital mineira; partidos de esquerda discutem candidatura única

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Pesquisa do instituto Real Time Big Data, encomendada pela TV Record e divulgada nesta segunda-feira (17), traz o apresentador de televisão e deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) na liderança da disputa pela prefeitura de Belo Horizonte em dois cenários distintos.

Na pesquisa estimulada, onde são apresentados os nomes dos pré-candidatos, Tramonte tem 23% no cenário sem a presença do ex-deputado estadual João Leite (PSDB). Em segundo lugar está o deputado estadual Bruno Engler (PL), com 14% das intenções de voto, seguido pela deputada federal Duda Salabert (PDT), que tem 10%, o senador Carlos Viana (Podemos) e o deputado federal Rogério Correia (PT), ambos com 9%, e o atual prefeito Fuad Noman (PSD), com 7%. O vereador Gabriel Azevedo (MDB) chega a 4% e a deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL) tem 2%. Brancos e nulos somam 11% e 10% não quiseram ou não souberam responder.

No cenário que conta com João Leite, Mauro Tramonte tem 22%, seguido por Bruno Engler, 14%; Leite, 11%; Duda Salabert, 9%, Carlos Viana e Rogério Correia, com 8% cada, e Fuad Noman, 7%. Bruno Azevedo tem 3% e Bella Gonçalves aparece com 2%. Os brancos e nulos totalizam 8% e não souberam ou não quiseram responder 7% dos entrevistados.

No levantamento espontâneo, quando não são mencionados os nomes dos pré-candidatos, Bruno Engler é o mais citado, com 7%, seguido por Mauro Tramonte, 5%, e o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), com 3%. Duda Salabert, Fuad Noman e Nikolas Ferreira (PL) têm 2% cada. Rogério Correia, João Leite, Bella Gonçalves (PSOL) e Eduardo Costa (Cidadania) têm 1%. Não sabem ou não quiseram responder 56%.

A pesquisa ouviu 1.000 eleitores nos dias 14 e 15 de junho e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MG-00754/2024. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Pesquisa Quaest em Belo Horizonte

Outro levantamento a respeito da disputa da prefeitura de Belo Horizonte foi divulgado em 11 de junho pelo instituto Quaest. A pesquisa realizada para o Diário do Poder apontava Mauro Tramonte na liderança com 25%, e um empate técnico entre cinco candidatos na segunda colocação. 

Bruno Engler e João Leite apareciam com 11% cada, com Duda Salabert, Carlos Viana e Fuad Noman com 9%. Rogério Correia tinha 6%, enquanto Gabriel Azevedo e Bella Gonçalves chegavam a 2% cada.

No levantamento espontâneo, quando não são mencionados os nomes aos entrevistados, o índice de indecisos alcançava 87%.

Unidade na esquerda em BH

As legendas alinhadas à esquerda ainda discutem uma candidatura única, mas, por enquanto, não chegaram a um consenso sobre quem ocuparia a cabeça de chapa. 

PT e PSOL já encaminharam uma união, mas, segundo conta Rogério Correia ao site O Tempo, as duas legendas devem se reunir na próxima quinta-feira (20) para definir mais detalhes em torno da disputa pela prefeitura.

Em relação a uma possível união entre PT e PDT, há uma discordância sobre o critério para avaliar quem é o nome que unificaria as siglas. Os pedetistas defendem o posicionamento atual nas pesquisas, onde Duda Salabert aparece na frente. Em seu perfil no Twitter, ela comentou a pesquisa Real Time Big Data. "Cenário preocupante em BH! Continuamos como o nome do campo progressista com mais chance de ir para o 2º turno. Não podemos deixar a prefeitura de BH na mão da ultra-direita", postou.

Já Correia afirma que este não deveria ser o único ponto a ser levado em conta. "Nós achamos que a unidade é importante. A Duda coloca parâmetro de pesquisa como principal fator, nós achamos que é um deles. Talvez o presidente Lula possa arbitrar essa questão", afirmou o pré-candidato do PT à Folha de S. Paulo.

Publicamente, a unidade é defendida também pela pré-candidata do PSOL. "Nesse contexto de indefinições, há uma certeza: o grande risco de ter um candidato de Bolsonaro e outro de Tarcísio no segundo turno e o eleitor precisar decidir entre o 'bolsonarismo puro' e o 'bolsonarismo paulista'. O campo democrático e progressista pode não estar no segundo turno das eleições pela divisão das candidaturas", defende Bella Gonçalves.