O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) apresentou uma proposta no parlamento para prender qualquer médico que realizar o aborto depois de 22 semanas.
O projeto de lei foi apresentado no último dia 20 de maio e foi apensado ao PL 1904, o chamado PL do Estupro, no último dia 11. Ele também será debatido.
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Com a proposta de Pollon, o médico que realizar um aborto consensualmente em uma mulher que foi estuprada deve ficar preso entre 5 e 12 anos. Em casos não consentidos, a prisão seria entre 8 e 18 anos.
Enquanto o PL 1904 ataca diretamente as mulheres, o PL 1920, de Pollon, ataca diretamente a classe médica que deseja preservar a vida e a integridade das mulheres.
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A proposta está sendo duramente criticada nas redes sociais. "A bancada do estupro segue a todo vapor", afirmou um usuário nas redes.
"O fascismo sempre dobra a aposta. Eles virão novamente com tentativa de golpe, com tentativa de destruir as instituições como fazem aqui com o PL dos estupradores", disse o historiador Fernando Horta.
Fora Lira cresce
Desde quinta-feira (13), o assunto 'Fora Lira' é um dos mais comentados no X, antigo Twitter. A hashtag mostra uma forte mobilização nas redes sociais contra o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) por sua articulação pela urgência do PL 1904, o PL do Estupro.
Na noite de quarta-feira (12), Lira colocou o projeto em votação para tramitação em urgência de maneira sorrateira. A medida equipara a pena de aborto após 22 semanas ao crime de homicídio, mesmo em casos de estupro.