CASO DO SOFTWARE ESPIÃO

Carlos Bolsonaro se desespera com delações no inquérito da PF sobre a 'Abin Paralela'

Diretor-geral da Polícia Federal anunciou que está negociando "colaborações" de investigados às vésperas da conclusão da investigação

O vereador Carlos Bolsonaro.Créditos: Pedro Ladeira/Folhapress
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O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) demonstrou desespero nesta quarta-feira (12) diante da informação de que a Polícia Federal (PF) vai negociar acordos de delações premiadas com investigados no inquérito que apura o uso de um software espião para monitorar adversários e autoridades na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante governo Bolsonaro, esquema que ficou conhecido como "Abin Paralela"

Através das redes sociais, Carluxo, como é conhecido o filho de Jair Bolsonaro, publicou uma captura de tela de uma matéria da CNN Brasil sobre o assunto destacando a possibilidade de delações no inquérito, que se aproxima de sua conclusão. 

"Vamos lá, Polícia Federal. A gente sabe como o setor de inteligência trabalha muito, a se ver pela conclusão da tentativa de assassinato do meu pai. Serviu pra alguma coisa as buscas e apreensões em todo meu universo ou foi só o computador da Daniella Lima que acharam na minha casa? Qualquer um sabe que vem mais maldade direcionada por aí. Vamo democracia inabalável", escreveu o vereador. 

Reprodução/X Carlos Bolsonaro

Delações 

Em café da manhã com jornalistas na sede da Polícia Federal em Brasília, nesta terça-feira (11), o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, informou que o inquérito sobre a "Abin Paralela" está caminhando para sua conclusão e que, neste momento, tenta negociar delações premiadas com investigados. 

“Em julho, agosto, a gente conclui o inquérito. Tem diligências finais, tem a possibilidade de colaborações de investigados e que está em fase de discussão interna com os possíveis colaboradores, e análise de material”, revelou Rodrigues.