POLÍTICA

Nelson Barbudo: quem é o bolsonarista que assume o lugar de Amália Barros

Após morte de deputada federal, radical do agro que tentou legalizar caça de animais e voto impresso volta à Câmara

Nelson Barbudo e seu padrinho político, Jair BolsonaroCréditos: Reprodução
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Após a confirmação da morte da deputada federal Amália Barros (PL-MT) neste domingo (12), foi noticiada a volta de um velho conhecido da Câmara dos Deputados. O suplente Nelson Barbudo era o suplente e assumirá o cargo em breve.

O mais novo membro da Câmara foi eleito em 2018 na esteira do bolsonarismo, mas não conseguiu votos suficientes para entrar no quociente de representantes do estado na Câmara Federal.

Agora, Barbuda volta ao parlamento com um histórico assustador, com enfoque na política de destruição do meio ambiente. O político, que possui uma estética relativamente peculiar, sempre usando um grande chapéu, representa os setores mais reacionários do agronegócio.

Quem é Nelson Barbudo

A trajetória política de Nelson Ned Previdente, conhecido como Nelson Barbudo, é bastante marcada por controvérsias e polêmicas.

Leyenda

Ele ficou bastante conhecido por suas posições firmes em defesa dos interesses dos ruralistas, sendo um defensor do uso de armas no campo e desregulamentação ambiental.

Em 2019, apoiou a liberação da caça de animais silvestres no Brasil. Além disso, foi o autor da proposta de emenda à constituição (PEC) do voto impresso, que chegou a ser rejeitada no plenário.

Além dos PLs de defesa irrestrita a Bolsonaro, Barbuda também fez críticas ao estado democrático de direito e ao Supremo Tribunal Federal (STF), além de defender a invasão de terras indígenas e a implementação do marco temporal.

Barbudo também apresentou projetos de lei para proibir o uso do termo carne em produtos que não tivessem carne, para atacar vegetarianos e veganos, e sempre foi associado às alas mais reacionárias dentro do movimento ruralista.

A morte de Amália Barros

Leyenda

A deputada federal Amália Barros, do Partido Liberal (PL) do Mato Grosso, morreu na madrugada do domingo, 12 de maio de 2024, aos 39 anos de idade. Ela estava internada no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, desde o dia 1º de maio, após a retirada de um nódulo no pâncreas. 

A morte da parlamentar foi confirmada por nota publicada nas redes sociais. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decretou luto oficial de um dia no âmbito da Casa e expressou seus sentimentos à família e amigos da deputada.

Amália Barros era vice-presidente do PL Mulher Nacional e amiga próxima da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ela foi eleita em 2022 com mais de 70 mil votos e exercia o primeiro mandato na Câmara dos Deputado