Aliado de Jair Bolsonaro (PL) em Canoas, no Rio Grande do Sul, o vereador Jonas Dalagna (PP) foi obrigado pela Justiça a excluir fake news das redes sociais em que acusa o prefeito da cidade, Jairo Jorge (PSD), de "sequestrar" doações às vítimas das enchentes no estado.
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Na decisão, a juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet atendeu a pedido do município e decretou que o bolsonarista remova a publicação em 24 horas.
Em vídeo na rede, Dalagna cita um decreto da prefeitura usado pelo vereador para acusar o município de confiscar as doações dadas aos antingidos pela enchente na cidade.
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Na decisão, a juíza cita que o decreto era confuso, mas ressalta que a fake news do Dalagna causou "comoção nas redes sociais, com veiculação de notícias alarmantes a respeito da possibilidade de apropriação de donativos pela prefeitura, o que presumivelmente deve ter acarretado a perda de credibilidade do município".
Segundo a magistrada, a prefeitura atualizou o decreto e deixa "claro que o édito municipal refere-se a bens pertencentes a estabelecimentos comerciais particulares" e que "qualquer veiculação referindo que há ato administrativo formalizado e publicado prevendo o confisco de doações configura, efetivamente, 'Fake News', o que deve ser coibido de forma contundente".
Após excluir a publicação, o bolsonarista afirmou em novo vídeo que a decisão não diz que ele divulgou "notícias falsas", mas confirma que propagou "informações inverídicas" a partir da interpretação que fez do decreto.
"A própria decisão traz que o decreto era genérico e possibilitava essa versão e foi o que eu entendi", alega Dalagna.