O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes defendeu moderação nas redes sociais contra as fake news para que o ambiente digital não "seja regido pela lei da selva".
As declarações foram dadas em um evento realizado na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (10). O magistrado fazia referência à onda de desinformações a respeito da tragédia no Rio Grande do Sul provocada pelas enchentes no estado.
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"Isso [fake news] enfatiza a necessidade de termos alguma disciplina nas redes para que não seja essa terra de ninguém", disse o ministro à imprensa, após a palestra, segundo o Valor Econômico. "No momento em que toda a nação dá um exemplo de grande solidariedade, como estamos vendo no Brasil afora, alguns se prestam a fazer essas distorções. É algo doentio que precisa ser corrigido."
Mendes atribuiu a atual situação no Rio Grande do Sul ao "negacionismo que muitos insistem em defender em relação aos efeitos das mudanças climáticas".
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O magistrado disse ainda que houve uma flexibilização de leis ambientais que contribuíram para o cenário de desastre. "A mim me parece que estamos ainda pagando um preço da politização dessa temática, talvez no sentido pior que o tema possa ter."
Governo cria força-tarefa para combater fake news
O governo federal montou um grupo de combate às fake news sobre as enchentes no Rio Grande do Sul. Desde o início das enchentes no estado, influenciadores e políticos passaram a divulgar uma série de informações falsas sobre as ações do poder público.
Em uma reunião com representantes das principais plataformas de redes sociais no Brasil, ficou definido que o governo, quando identificar conteúdos falsos nas publicações, vai comunicar as plataformas para que o material seja retirado do ar em um prazo de 12 horas.
A força-tarefa contam com integrantes da Advocacia-Geral da União, Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Ministério de Justiça e Polícia Federal.