DESINFORMAÇÃO

Quaest: 31% dos brasileiros receberam fake news sobre o Rio Grande do Sul

Conteúdos desinformativos foram recebidos, principalmente, através do Whatsapp

31% dos brasileiros receberam fake news sobre o RS.Créditos: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini
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Uma pesquisa feita pela Quaest revelou que 31% dos brasileiros receberam alguma fake news relacionada à tragédia climática no Rio Grande do Sul. Em sua maioria (35%), a desinformação acontece por meio do Whatsapp.

O questionário foi realizado entre os dias 2 e 6 de maio. Os que afirmaram não terem recebido notícias falsas representam um percentual de 69%. No entanto, é preciso considerar que aqueles que disseram ter recebido só responderam "sim" à pergunta porque conseguiram identificar que o conteúdo recebido se tratava de fake news. Dentro desses 69%, é possível ter pessoas que tiveram contato com fake news mas não o reconheceram como desinformação.

Entre aqueles que afirmaram "sim", o Whatsapp foi apontado como principal fonte da fake news, seguido por "amigos" (24%), "políticos" (11%), "colegas de trabalho" (10%) e "primo, tio, avô" (10%). 

Governo federal contra as fake news

A intensa onda de fake news que circula sobre o Rio Grande do Sul desde o início das enchentes que assolam o estado fez com que o governo federal criasse estratégias de combate. Nesta sexta-feira (10), foi criada uma sala de situação pela Secretaria de Comunicação Social para monitorar conteúdos desinformativos, em parceria com a Advocacia Geral da União (AGU), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Polícia Federal (PF).

Grande parte das fake news que circulam têm como alvo o próprio governo federal. De acordo com outra pesquisa Quaest, um terço dos conteúdos que circularam no X (antigo Twitter), apenas entre 10h e 14h de sexta-feira (10) tinham a intenção de descredibilizar o poder público.

O dado foi obtido pelo professor de gestão de políticas públicas da Universidade de São Paulo (USP) Pablo Ortellado e divulgado ao g1.

Como reforçou o ministro Paulo Pimenta, a circulação de fake news prejudica a ajuda humanitária ao Rio Grande do Sul, seja porque as pessoas podem deixar de querer doar ou seja porque as autoridades precisam parar seus afazeres para desmentir conteúdos falsos.
Ao criar a sala de situação, o ministro também ressaltou que "toda fake news criminosa será que nós tomarmos conhecimento será denunciada para a Polícia Federal e para a AGU investigarem".