ELEIÇÕES 2024

"Verdadeira guerra": Lula sobre disputa de Boulos pela Prefeitura de São Paulo

Em ato para celebrar o Dia dos Trabalhadores e Trabalhadoras, presidente afirma que pré-candidato do PSOL é imbatível se quem o apoiou nas eleições anteriores apoiar o deputado

Créditos: Ricardo Stuckert - Lula ao lado de Boulos afirma que a eleição municipal de São Paulo será uma "verdadeira guerra"
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Durante discurso no ato unificado das centrais sindicais neste 1° de maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, o presidente Lula classificou a eleição municipal de São Paulo deste ano como uma "verdadeira guerra" contra o bolsonarismo

Ao lado do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato à disputa pela Prefeitura de São Paulo, Lula destacou a nacionalização da eleição municipal, que consistirá em uma frente de luta contra o bolsonarismo representado pelo atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB).

O presidente afirmou que o líder do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem-Teto (MTST) disputa em três campos: nacional, estadual e municipal.

"Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. Vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 89, em 94, em 98, em 2006, em 2010, em 2018… 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo", conclamou Lula.

Boulos ecoou o discurso de Lula e observou que o campo adversário, o "lado de lá", inventa mentiras sobre o governo federal que serão derrotadas da mesma maneira que ocorreu nas eleições de 2022.

"Esse ano é para derrotar o bolsonarismo em todas as cidades do Brasil e aqui em São Paulo também", disse Boulos.

O deputado afirmou ainda que no ano que vem a capital "caminhará de braços dados" com o governo Lula.

A pré-campanha de Boulos considera a participação de Lula crucial para derrotar Nunes nas periferias, especialmente junto aos eleitores mais pobres, entre os quais o prefeito pontua bem.

Em seu discurso, Lula também fez um afago a todos os ministros presentes, especialmente ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), de quem cobrou publicamente agilidade na última semana. O presidente disse que tem sorte de trabalhar com o vice e classificou seu trabalho como extraordinário.

Chilique dos opositores

Mal o discurso de Lula terminou e a equipe da pré-campanha de Nunes anunciou, de acordo com a Folha de S.Paulo, que entrará com uma ação contra o presidente por causa de suas declarações, que eles classificam como propaganda eleitoral antecipada.

O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), que se apresenta como pré-candidato à prefeitura de São Paulo, também anunciou que irá à Justiça.

A legislação eleitoral impõe restrições à propaganda antecipada na chamada pré-campanha. Caso a fala de Lula seja considerada uma infração, pode resultar em multa de R$ 5.000 a R$ 25.000.

A propaganda eleitoral será permitida somente após o dia 16 de agosto, quando as candidaturas já estiverem registradas na Justiça Eleitoral.

Confira o ato unificado