Mais de 36,2 milhões de pessoas no Brasil que moram em periferias e áreas urbanas tem acesso limitado a entregas de correspondência e produtos por conta da falta de CEP, estima pesquisa feita pelo Data Favela.
Pensando nisso, o deputado federal e pré-candidato à prefeitura da capital paulista Guilherme Boulos (PSOL-SP) se reuniu na noite de quarta-feira (24) com o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, para discutir a implementação de um plano de inclusão das periferias na atuação da empresa.
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A ideia é ampliar a população que não tem acesso aos serviços da estatal e a regularização de CEPs em áreas que ainda não foram contempladas com o cadastro através da implementação de mais agências dos Correios nas quebradas do Brasil.
"A pessoa que não tem CEP não consegue receber encomendas e contas em casa. Não pode sequer fazer um crediário. Ter acesso ao CEP garante mais que praticidade: é garantia de direitos e cidadania", afirma o deputado.
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Vale lembrar que os Correios também oferecem serviços bancários e de telefonia celular, sendo um importante fornecedor de serviços que vão além da logística da empresa.
"Essa pauta é muito importante. Não tem sentido os Correios não estarem nas favelas. Então, os Correios estarão nas favelas e onde o povo brasileiro está", diz o presidente da companhia.
Além de Boulos e Santos, a Secretaria Nacional de Periferias, ligada ao Ministério das Cidades, também apoia a proposta. Guilherme Simões, morador do Grajaú, na periferia da Zona Sul paulistana, da pasta irá firmar um acordo de cooperação com os Correios para tirar a proposta do papel.
"Agora é arregaçar as mangas e trabalhar, ir para as comunidades e levar o CEP para todas as favelas do Brasil", diz Simões.