Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), usou as redes sociais nesta terça-feira (30) para aceitar o desafio do senador Sergio Moro, que o chamou de “ministro da propaganda” e o provocou com convocação informal para prestar esclarecimentos ao Senado. O ex-juiz da Lava Jato questiona um processo de licitação aberto pelo Governo Lula na área de comunicação digital que tem como objetivo melhorar a presença do governo nas redes e combater fake news.
“Apresentei requerimento para ouvirmos o Ministro da Propaganda na Comissão de Comunicação do Senado sobre a megalicitação de comunicação digital do Governo Lula. Muita coisa esquisita a ser esclarecida”, escreveu Sergio Moro no seu perfil do X, antigo Twitter, ao compartilhar uma matéria do site O Antagonista que noticia o requerimento.
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O site, famoso pela sua linha editorial simpática à Operação Lava Jato, diz que na última semana quatro agências que venceram licitações já seriam conhecidas no dia anterior ao anúncio oficial. As agências apontadas se chamam Moringa, BRMais, Área Comunicação e Usina Digital.
A reportagem liga as empresas a nomes próximos ao governo Lula como Otávio Antunes, apontado como marqueteiro de Fernando Haddad, e Sidônio Palmeira, marqueteiro de Lula. Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o próprio Paulo Pimenta também estariam ligados às empresas segundo o site.
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O Secom do Governo Lula não titubeou. Ao receber a postagem de Moro, respondeu logo a seguir que vai ao Senado para "desmentir fake news" e devolveu a provocação: "Essa coisa de combinar procedimentos e resultados de forma ilegal o senador Moro conhece bem como funciona", declarou. Pimenta fez alusão a denúncias contra a Operação Lava Jato, embasadas pela série jornalística Vaza Jato, que mostraram conversas pelo Telegram em que Moro e procuradores da operação combinavam sentenças com antecedência.
“Acho ótimo. Espero que marquem logo para que eu possa comparecer para desmentir as fake news e mentiras divulgadas e compartilhadas por parlamentares sem credibilidade como você. Essa coisa de combinar procedimentos e resultados de forma ilegal o Senador Moro conhece bem como funciona. Aguardo o agendamento”, escreveu Pimenta.