A tensão entre o ministério da Fazenda e o Congresso tem crescido cada vez mais com o aumento da possibilidade de vitória do governo no Supremo Tribunal Federal no âmbito das desonerações.
Após a AGU conseguir vitória em uma decisão que suspendeu a desoneração da folha e salvar mais de R$ 32 bilhões ao governo federal por ano, Pacheco começou a reclamar na imprensa.
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Haddad disse que o Congresso Nacional precisa ter responsabilidade fiscal, e justificar, assim como o Executivo, a origem das despesas e o impacto fiscal de suas decisões.
Rodrigo Pacheco (PSD-MG) rebateu, afirmando que o legislativo sempre foi compromissado com as contas públicas. E disse que Haddad era "injusto" com o CN.
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Lira falou que vai partir contra o STF, afirmando que os deputados devem votar uma emenda à constituição que reduza a possibilidade de Ações Diretas de Inconstitucionalidade.
Haddad reforçou que vai negociar com o Congresso, mas que uma desoneração muito ampla traria prejuízos graves às contas públicas no curto prazo. O que poderia significar mais uma reforma da Previdência.
“Estamos desde outubro tentando conversar com os [17] setores e os municípios. O placar do Supremo deixa claro que temos de encontrar um caminho para não prejudicar a Previdência. Ou daqui a três anos vai ter de fazer outra reforma da Previdência, se não tiver receita. A receita da Previdência é sagrada, para pagar os aposentados. Não dá para brincar com essa coisa”, disse o ministro ao retornar de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Como o Congresso ganhou prerrogativas, era importante que as mesmas práticas de respeito à lei fiscal deveriam ser de todos: Executivo, Legislativo e Judiciário, que é o pacto que eu venho falando desde o começo do ano. Vamos fazer um pacto para a gente acertar as contas e continuar evoluindo”, concluiu Haddad.