A rede social X (antigo Twitter) disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (26) que não reativou nenhum perfil bloqueado pelo ministro Alexandre de Moraes, e que uma "falha técnica" permitiu que os investigadores fizessem lives.
Na semana passada, um relatório da Polícia Federal (PF) mostrou que os perfis investigados no âmbito do Inquérito das Milícias Digitais continuaram fazendo transmissões ao vivo mesmo com contas suspensas. Moraes, então, deu cinco dias para que o X desse os devidos esclarecimentos.
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A PF também apontou que os perfis bloqueados conseguiram realizar conversas entre si através da ferramenta Spaces.
Em sua resposta, o X alegou "uma falha técnico-operacional na interface de acesso à plataforma". A rede social afirmou que os perfis bloqueados não realizaram as lives em suas próprias contas, mas sim por meio de outras plataformas através de um link de convite disponibilizado em seus perfis. Isso foi possível porque o acesso por meio de computadores estava bloqueado, porém ainda era possível acessar as contas através de dispositivos móveis, mesmo que de forma limitada e sem visualização de conteúdos.
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“Em outras palavras: a falha técnica que permitiu o acesso às contas dos 6 (seis) usuários via interface do aplicativo móvel, embora evidentemente não intencional, foi rapidamente explorada pelos usuários investigados, que disponibilizaram em seus perfis links que redirecionavam os usuários a uma live hospedada em outra plataforma", disse o X em representação enviada ao STF.
A rede social acrescentou que agiu "prontamente para bloquear a possibilidade de seu acesso".
Por fim, o X também afirmou que enfrenta dificuldades para banir os usuários, uma vez que eles utilizam "diferentes estratégias para desafiar a ordem de bloqueio e, também, as regras das plataformas". A rede social citou o caso do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que já criou 9 perfis após ter sua primeira conta bloqueada.
“Desde o primeiro bloqueio da @tercalivre na plataforma X, Allan dos Santos criou outras 9 contas, todas subsequentemente bloqueadas pelas Operadoras do X, seja em cumprimento às novas ordens judiciais ou em razão de violações às políticas da plataforma."