O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se emocionou na manhã desta sexta-feira (26) em Nova Lima, Minas Gerais, onde participou da inauguração de uma fábrica de insulina. O mandatário chorou e se emocionou durante discurso em que falou sobre a bisneta que sofre com diabetes.
A fábrica é um empreendimento da empresa Biomm e conta com 12 mil metros de área construída. Os investimentos de cerca de R$ 800 milhões para sua construção contaram com um aporte de R$ 100 milhões do BNDES. A expectativa é que atenda às necessidades de cerca de 2 milhões de pacientes.
Te podría interesar
“Sabe quem vai agradecer pelo resto da vida? A minha bisneta, que tem diabete tipo 1. Ela vive com o aparelho no ombro e com o celular. Para cada coisa que ela come, tem que controlar. E o que é fantástico é que ela pede para a mãe ou o pai aplicar a insulina nela. Já faz parte da vida”, disse o petista com a voz embargada e os olhos marejados.
A diabetes tipo 1 corresponde a cerca de 5 a 10% dos casos de diabetes. A doença ataca a produção natural de insulina do corpo humano, hormônio que ajuda na quebra de açúcares, entre outras substâncias que possuem glicose. Uma pessoa com tal condição precisa repor constantemente a insulina para que a glicose possa entrar nas células e sair da corrente sanguínea.
Te podría interesar
Na maioria dos casos a doença se desenvolve logo cedo e é diagnosticada ainda na infância, ao contrário de outros tipos de diabetes que são geralmente diagnosticadas na fase adulta. A doença reduz consideravelmente a expectativa das pessoas que a portam e pode gerar complicações cardíacas, nos olhos, rins e nervos.
Indústria nacional e ‘Nobel para Haddad’
Lula também aproveitou o momento para destacar a importância dos investimentos na indústria nacional, especialmente quando se pensa em áreas essenciais como saúde e educação.
“Um país soberano precisa de uma indústria nacional forte, sobretudo na área da saúde. A gente tem que produzir aquilo que falta para esse país”, declarou.
O presidente ainda fez uma série de elogios para o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, por conta do Desenrola, da concessão de créditos para microempreendedores e habitações populares, e por projeto que prevê que os investimentos estrangeiros não percam seu poder econômico independente das oscilações externas.
“Eu já tinha dito ao Haddad que se o Desenrola der certo, o pessoal que discute o Prêmio Nobel tem de entregá-lo ao Haddad e sua equipe. E se tiver outro prêmio de economia, e e esse plano dos investimentos estrangeiros der certo, o Haddad também vai ganhar com sua equipe. Então, quem discute o prêmio já está devendo dois. Você [Haddad] ainda não foi indicado, mas quem sabe eles não indicam um dia”, finalizou.