O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a proibição de Jair Bolsonaro (PL) e outros militares de participarem de eventos das Forças Armadas no aniversário de 60 anos do golpe militar, em 31 de março. O despacho estipula que o ex-presidente e os ex-ministros Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sergio Nogueira estão proibidos de frequentar "cerimônias, festas ou homenagens realizadas no Ministério da Defesa, na Marinha, na Aeronáutica, no Exército e nas Polícias Militares".
A decisão surge no contexto de uma investigação sobre a suspeita de envolvimento desses personagens em uma tentativa de golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro nas urnas em 2022. O ministro Moraes também estabeleceu uma multa diária de R$ 20 mil para os infratores.
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Enquanto enfrenta proibições do STF, o ex-presidente tenta fortalecer seu partido, o PL, convidando o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para se filiar à legenda. O convite conta com o aval do presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto.
Tarcísio de Freitas, eleito em 2022 com o apoio de Bolsonaro, está atualmente filiado ao Republicanos, fruto de uma estratégia para garantir o apoio formal do partido à candidatura presidencial de Bolsonaro. No entanto, o ex-presidente demonstra desconforto com a aproximação do presidente nacional do Republicanos, o deputado Marcos Pereira, com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pereira busca viabilizar sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados com o aval do Palácio do Planalto.
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Expectativa sobre Tarcísio
A expectativa é de que Tarcísio de Freitas faça a mudança de partido ao longo da atual janela partidária, iniciada em 7 de março. Durante manifestação convocada por Bolsonaro em 25 de fevereiro, o governador paulista agradeceu publicamente ao ex-presidente, destacando a importância da confiança depositada por Bolsonaro em figuras como a sua.
Esses movimentos políticos apontam para um cenário de reconfiguração partidária e alianças em meio às disputas políticas no país, enquanto o espectro do golpe militar de 1964 ainda paira sobre as decisões judiciais e as movimentações políticas atuais.