O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem mais de 4 mil mulheres em cargos de comando, cerca de 31,1% a mais do que no mesmo período do segundo ano de mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O número de homens em chefias, porém, segue maior do que o de mulheres.
Dados do Painel Estatístico de Pessoal revelam que o governo federal na terceira gestão Lula, em janeiro de 2024, registra 4.139 mulheres em funções de liderança, enquanto a de Bolsonaro tinha 3.156, em janeiro de 2020. A diferença de 983 pessoas representou um aumento na proporção de mulheres em relação a homens em 5,3%.
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Os cargos referem-se à coordenação-geral, direção, presidência de fundação, secretaria nacional, secretaria-executiva e secretarias especiais. O conjunto de servidores integra os cargos de Direção e Assessoramento Superiores (DAS), Funções Comissionadas do Poder Executivo (FCPE), e agências reguladoras, universidades e institutos federais, entre outros.
Desigualdade de gênero
A diferença entre homens e mulheres na chefia, porém, continua marcando a desigualdade de gêneros. O governo Lula 3 possui um total de 10.782 servidores públicos em cargos de comando, no primeiro mês do segundo ano de mandato. O contingente é dividido entre 6.643 homens (61,6%) e 4.139 mulheres (38,4%).
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Em comparação, o governo Bolsonaro tinha 9.542 pessoas em cargos totais, sendo 6.386 homens (66,9%) e 3.156 mulheres (33,1%). Ou seja, a cada três funcionários, dois eram homens e um era mulher, em relação ao percentual aproximado.
Por outro lado, o terceiro mandato de Lula mostra ainda uma redução na desigualdade no preenchimento de cargos entre homens e mulheres. Entre o primeiro mandato e o terceiro, houve um aumento de 7,6% sobre a presença feminina em cargos de liderança.
O aumento em números totais traz mais contraste: o governo Lula 3 possui um aumento de 137,6% mais mulheres do que na estreia do petista no Planalto. Eram 1.742 mulheres (30,8%) em dezembro de 2004 – dados anuais, referentes ao segundo ano de gestão –, frente às 4.139 registradas (38,4%) em 2024.
O segundo ano após a reeleição do presidente não alterou significativamente a falta de equidade de gênero. Embora 373 mulheres a mais estivessem no comando em dezembro de 2008, o percentual de representatividade pouco mudou: um salto tímido de 0,5 pontos percentuais.
No mesmo período, quase que o dobro de homens foi contratado para estas funções, de modo que a relação homens-mulheres no governo federal não tenha registrado grandes mudanças.
De Lula 2 para Lula 3, um intervalo de cerca de 15 anos, o número total de mulheres nas funções de liderança quase dobrou, com aumento de 2.024 funcionários (95,6%). O contingente de homens, por sua vez, teve um crescimento de 2.011 pessoas .(43,4%)
Veja a comparação entre os três mandatos de Lula:
- Lula 1 (dezembro de 2004): 5.635 funcionários, 3.911 homens (69,2%) e 1.742 mulheres (30,8%);
- Lula 2 (dezembro de 2008): 6.747 funcionários, 4.632 homens (68,7%) e 2.225 mulheres (31,3%);
- Bolsonaro (janeiro de 2020): 9.542 funcionários, 6.386 homens (66,9%) e 3.156 mulheres (33,1%); e
- Lula 3 (janeiro de 2024): 10.782 funcionários, 6.643 homens (61,6%) e 4.139 mulheres (38,4%).