UM TERÇO

Pesquisa Datafolha sobre anistia mostra o tamanho exato do bolsonarismo no país

Para grande maioria da população, criminosos seguidores do ex-presidente que tentaram arruinar democracia no país devem responder na Justiça e pagar. Mas há o outro lado

Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Uma pesquisa divulgada pelo Datafolha na madrugada desta sexta-feira (29) mostrou que para 63% dos brasileiros os golpistas bolsonaristas que tentaram derrubar a democracia brasileira no 8 de janeiro de 2023 não podem ser anistiados. Do outra lado, 31% dos entrevistados disseram ser a favor de uma anistia para esses criminosos, o que mostra o tamanho exato da fração bolsonarista na população do país. Houve ainda 2% que disseram ser indiferentes a uma punição e 4% que não souberam opinar sobre o assunto.

Naquele segundo domingo do ano passado, uma multidão de extremistas invadiu as sedes dos Três Poderes, em Brasília, e destruiu tudo que encontrou pela frente. A ação desses radicais de extrema direita que não aceitavam a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), investigado como mentor principal da tentativa de golpe de Estado, contou com a anuência da Polícia Militar do Distrito Federal e com oficiais das Forças Armadas, embora não com o comando dessas corporações, que rechaçou uma tomada de poder ilegal.

De acordo com números do Supremo Tribunal Federal, 1.430 bolsonaristas foram presos em decorrência do ato golpista. Pelo menos a metade foi solta nos dias seguintes ao ataque, mas boa parte permaneceu presa. Passado mais de um ano, 116 destes criminosos já foram condenados pela Justiça, a imensa maioria deles a cumprir penas longas e em regime fechado.

Desde o fato histórico, as falanges violentas do bolsonarismo tentam emplacar uma versão esdrúxula e desconexa que aponta “a esquerda” como responsável pelo ato que a própria extrema direita realizou. Centenas, talvez milhares desses extremistas, filmavam a si próprios durante a invasão e o vandalismo e postavam nas redes sociais.