AMEAÇA À DEMOCRACIA

Lula detona Bolsonaro e seu plano golpista: “covardão”

O presidente da República usou as redes sociais para comentar as novas revelações da trama golpista

Lula detona Bolsonaro e seu plano golpista: “covardão”.Créditos: Agência Brasil
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O presidente Lula (PT),  durante abertura da reunião ministerial realizada nesta segunda-feira (18),  comentou as novas revelações sobre a trama golpista a partir dos depoimentos dos ex-comandantes das Forças Armadas que foram tornados públicos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, na última sexta-feira (15).

Para o presidente, Bolsonaro "nunca se preocupou com políticas públicas e em melhorar a economia. Ele só se preocupava em propagar mentiras e acirrar o ódio e a divisão".

Em seguida, o presidente afirma que "Se antes se falava em tentativa de golpe, hoje nós sabemos, por depoimentos, que havia um plano para derrubar a democracia. E, só não deu certo porque, além de comandantes que não aceitaram essa proposta, o presidente anterior é um covardão".

A declaração do presidente Lula se deu durante a abertura da reunião ministerial, que ocorre nesta segunda-feira (18) com todos os 38 ministros no Palácio do Planalto.  Confira o momento no vídeo abaixo: 

Alguns números do primeiro ano do governo Lula foram apresentados na primeira parte da reunião ministerial 

 

 

Padilha: "Lula quer diagnóstico concreto dos ministérios"

 

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, revelou durante entrevista à Globo News o que se deve esperar da reunião ministerial que ocorre nesta segunda-feira (18) no Palácio Planalto.

"Esta é a primeira reunião do ano em que o presidente Lula reúne todos os ministros. O presidente sempre realiza reuniões temáticas com os ministérios, ele está o tempo todo monitorando", iniciou Alexandre Padilha, para depois explicar que na reunião ampliada de hoje os ministros serão cobrados.

"Hoje é aquela reunião em que você tem uma visão global do governo. O presidente Lula tem dito que o primeiro ano [do governo] foi o período de semear: nós aprovamos tudo o que era necessário no Congresso, aprovamos as políticas sociais que precisavam ser aprovadas no Congresso... foi semeado. Este é o ano para colher, ou seja, ele vai fazer uma avaliação junto com os ministros: em que medida aquilo que foi anunciado no ano passado está sendo entregue para a população, no território, no estado, o quanto os ministros estão viajando para acompanhar", explicou o ministro das Relações Institucionais.

Em seguida, o ministro explicou que o presidente Lula "quer ter um diagnóstico mais concreto daquilo que foi anunciado no ano passado e o que está chegando para a população” e reforçou que o perfil do ocupante do Palácio do Planalto é esse: de fazer cobranças e monitorar as pastas.

"Eu já fui ministro do presidente Lula nos outros dois governos [2002-10]. Ele é um presidente que cobra execução, aquilo que foi anunciado no Palácio do Planalto, se aconteceu ou não. Esta é uma tônica dele. Isso vale para todos os ministérios: seja grande iniciativa, ou pequena, ele quer que as coisas aconteçam", disse.

Além disso, o ministro também revelou como as recentes pesquisas, que mostram queda na popularidade do governo e de Lula, foram recebidas pelo Palácio do Planalto. Padilha ressaltou que é importante aceitar a fotografia, mas que não se pode perder o filme de vista.

 

"Você precisa olhar a pesquisa como um filme: o filme que você tem é de um governo que reduziu o desemprego, que alcançou taxas de crescimento que ninguém achou que ia ter, controlou a inflação, recriou o ambiente econômico do país para dar segurança para investimento, reposicionou o país no mundo, salvou a democracia junto com as instituições democráticas (judiciário, imprensa e sociedade civil), recriou as políticas sociais. Mas tem a fotografia do momento que não pode ser negligenciada. A fotografia mostra oscilação de alguns segmentos da sociedade [mulheres e jovens] que são importantes e que deram a vitória para o presidente Lula e outros segmentos [evangélicos] com os quais ampliamos o diálogo no ano passado. A gente tem que olhar essa fotografia com cuidado, com atenção e não negar que ela existe, mas sem perder o filme como um todo", analisou o ministro das Relações Institucionais.

 

Por fim, Alexandre Padilha destacou que a reunião desta segunda-feira "com o presidente Lula recupera o filme, os avanços que foram conquistados, vai cobrar para que os avanços cheguem nos territórios, nas pessoas, mas sem perder a noção desse filme, que é muito positivo, mas atento a essa oscilação do momento".