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Fogo no covil – Ex-ministro de Bolsonaro ataca general: “Se borra agora” e “criminoso”

Com uma prisão do ex-presidente extremista cada vez mais próximas e os depoimentos de militares o comprometendo na tentativa de golpe, clima é desespero

Créditos: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
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Com os avanços nas investigações no Supremo Tribunal Federal em relação à tentativa de golpe de Estado levada a cabo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que recentemente permitiram a liberação do teor dos depoimentos de 27 envolvidos no levante criminoso, obtidos após a Operação Tempus Veritatis, o clima nos intestinos do bolsonarismo anda tenso e, como diz o velho adágio popular, “é cobra engolindo cobra”.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro, ainda no papel de defensor do indefensável, mesmo que isso pareça incomodá-lo diante da absoluta inaptidão e estupidez política de seu “líder”, saiu para o ataque e foi para cima do general Marco Antônio Freira Gomes, então comandante do Exército Brasileiro no fim da gestão passada e responsável pela tropa no período da frustrada tentativa de ruptura institucional.

A oitiva de Freire Gomes mostrou que o general confirmou que Bolsonaro pediu um golpe, mostrando-lhe inclusive a minuta apreendida na casa do ex-ministro Anderson Torres. O chefe do Exército teria inclusive ameaçado prender o então presidente se ele seguisse com a ideia. Para Ciro Nogueira, Freire Gomes é “um criminoso”.

“O general da ativa mais importante do país na ocasião que ouviu uma ameaça grave à democracia é o mesmo que agora bate no ex-comandante em chefe que perdeu as eleições da mesma forma que bateria continência para o mesmo comandante em chefe, caso ele tivesse sido reeleito? Está absolutamente provado que há um criminoso inconteste. Ou o criminoso que cometeu prevaricação ao não denunciar ao país o “golpe” ou o caluniador que o denuncia hoje, não tendo ocorrido”, disparou o senador piauiense.

Mas os ataques ao antigo comandante militar não pararam por aí. Ciro disse ainda que o general “borra-se agora” e que ele deveria “ter honrado a farda” assim como “o pijama”, expressão normalmente utilizada para se referir aos oficiais generais que já foram para a reserva nas Forças Armadas.

“Borrar-se agora porque não pode fazer as continências que faria é uma vergonha inominável. Todos os militares têm o dever de honrar sua farda. Alguns deveriam ter ainda mais compromisso em honrar seus pijamas”, completou o parlamentar bolsonarista.