Apesar das ameaças que fez nos dias que antecederam o ato na Avenida Paulista, em São Paulo, Jair Bolsonaro (PL) adotou, neste domingo (25), um tom ameno, o que parece ser a linha narrativa que seguirá junto com seus apoiadores diretos.
Um dos responsáveis pela estratégia foi Michel Temer (MDB). Com medo de ser preso, Bolsonaro conversou com ele na semana anterior ao ato e resolveu obedecer às orientações do seu antecessor no Planalto, ou seja, para esquecer, principalmente, os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi revelada pela GloboNews.
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Após a conversa, o emedebista levou a ministros do STF recado de que Bolsonaro não iria radicalizar no discurso.
A cena do beija-mão protagonizada por Bolsonaro se repete. Em setembro der 2021, após chamar o ministro Alexandre de Moraes de “canalha”, o ex-presidente recorreu a Temer arrependido e com receio das consequências do que fez.
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Pediu e Temer escreveu uma carta voltando atrás das ameaças golpistas. O recuo do então presidente em relação aos seus rompantes autoritários do feriado de 7 de setembro foi profundo e o colocou em uma posição extremamente delicada e humilhante.
Temer chegou a admitir que foi o autor da “Declaração à Nação” divulgada e assinada por Bolsonaro no dia 9 de setembro de 2021. Além disso, o emedebista intermediou, à época, um telefonema entre seu sucessor e Alexandre de Moraes, visto como um gesto para selar a paz entre o mandatário extremista e o ministro da Corte.
Temer é enviado a Brasília em avião da FAB
Na manhã do próprio dia 9 de setembro de 2021, Michel Temer foi tirado de casa, em São Paulo, e embarcou num avião da FAB, enviado por Bolsonaro, para conversarem em Brasília.
A intenção do então ocupante do Planalto era contornar a crise institucional de dimensões gigantescas provocada por ele após suas descabidas e autoritárias declarações no Dia da Independência, além de buscar uma saída para os bloqueios promovidos por caminhoneiros em rodovias de 16 estados.