O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está reunido nesta terça-feira (20) para julgar inúmeros casos referentes aos magistrados que teriam cometido algum tipo de crime ou irregularidade no exercício de suas funções. Entre os casos pautados está o da juíza Gabriela Hardt, que substituiu o Sergio Moro na 13ª Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba, na condução dos processos originados na Operação Lava Jato.
A magistrada é acusada de ter agido fora de suas competências legais numa das ações. A denúncia partiu do empresário Tony Garcia, que diz ter avisado Gabriela sobre ações ilegais levadas a cabo por Sergio Moro e pelos integrantes da força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal, chefiada no período pelo então procurador Deltan Dallagnol. Segundo Garcia, a juíza simplesmente ignorou a acusação e não fez nada em relação aos crimes levados ao conhecimento dela por ele.
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A denúncia aponta que Gabriela “manteve-se inerte no depoimento de março de 2021, no qual Tony Garcia relatou supostos fatos potencialmente criminosos” praticados por Moro e pelo pessoal da MPF. No ano seguinte, a juíza se declarou suspeita e pediu para sair de todos os casos envolvendo o empresário paranaense pelo fato de ter protocolado contra ele, no MPF, uma queixa de crimes contra a honra.
Ainda não há qualquer decisão do CNJ com relação ao processo de Gabriela Hardt e, em caso de condenação, as penas podem ir de simples advertências até a aposentadoria compulsória, que obriga o magistrado a deixar a função imediatamente, embora mantenha seus vencimentos na íntegra.