O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intimado pela Polícia Federal (PF) a depor sobre suspeita de tentativas de golpe envolvendo militares e membros do seu governo. O depoimento deverá ocorrer na próxima quinta-feira (22), segundo o Blog de Andreia Sadi.
A intimação foi confirmada pelo advogado Paulo Cunha Bueno, que representa Bolsonaro.
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Um dos elementos que levou a PF a intimar o ex-presidente foi o vídeo da reunião de Bolsonaro com ministros e auxiliares. Na gravação ele diz, entre outras coisas, que não eles não podem esperar o resultado da eleição para agir.
A defesa do ex-presidente afirma que ele nunca pensou em golpe.
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Delação de Mauro Cid
Além do vídeo, que estava no computador de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, a PF descobriu ainda a gravação de uma reunião, em julho de 2022, em que Bolsonaro convoca seus ministros para discutir estratégias que evitassem derrota nas eleições. Bolsonaro prevê, na gravação, que poderia perder a disputa e pede para os ministros acionarem "o plano B".
O general Augusto Heleno, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), defende nesta reunião que a "mesa" tinha que ser virada logo, antes do resultado das eleições.
A PF também encontrou, no gabinete de Bolsonaro na sede do PL, um documento que ficou conhecido como “a minuta do golpe”, com conteúdo que anunciaria a decretação de um estado de sítio e a imposição da garantia da lei e da ordem no país.
A defesa do ex-presidente disse logo após a operação da PF que Jair Bolsonaro “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam".