A quebra de sigilo bancário de Jair Bolsonaro (PL) pela Polícia Federal (PF) revela que, mais uma vez, os apoiadores foram ludibriados pelo ex-presidente, que recebeu mais de R$ 17 milhões via Pix após campanha para ajudá-lo a pagar multas por desafiar as normas sanitárias e não usar máscara de proteção facial nas motociatas durante a pandemia.
Segundo reportagem de Rodrigo Rangel, no portal Metrópoles, parte da arrecadação milionária desapareceu misteriosamente e não foi encontrada nas contas de Bolsonaro pela PF, que abriu nova investigação para apurar o sumiço do dinheiro.
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Parte do dinheiro teria sido transferido para contas dos advogados do ex-presidente, que estariam sendo pagos pelo PL e não por Bolsonaro.
Os repasses via Pix já estão sendo investigados pela PF, para se descobrir o caminho até as contas de Bolsonaro.
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Causa ainda mais estranheza porque as multas mais pesadas, que somavam cerca de R$ 1 milhão, foram anuladas em um projeto de Lei proposto pelo governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), aprovado pela Alesp.
A própria Procuradoria-Geral do Estado (PGE) usou a lei sancionada pelo ex-ministro, que participou de atos ao lado de Bolsonaro sem a máscara, para anistiar as multas.
Para perdoar a dívida de R$ 936 mil de Bolsonaro, o governador abriu mão de R$ 73 milhões em multas aplicadas a negacionistas que infringiram as leis durante a pandemia.
Além de Bolsonaro, a anistia concedida por Tarcísio também anulou duas multas no total de R$ 113 mil aplicada ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A anistia é justificada pelo governo de São Paulo por conta das multas tinham caráter educativo e não arrecadatório, e que o perdão não é direcionado ao ex-presidente especificamente.