Principal articulador do ato marcado na Avenida Paulista para o próximo dia 25, o pastor Silas Malafaia já trabalha com a possibilidade de Jair Bolsonaro (PL) ser preso e, assim, ser impedido de comparecer à manifestação em seu apoio.
VÍDEO: Gritando como louco, Silas Malafaia ataca ministro Alexandre de Moraes
Advogados de Bolsonaro tentam afastar Moraes de investigação em medida desesperada
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Michelle Bolsonaro, que cancelou a turnê pelas igrejas evangélicas nos EUA, fará uma oração inicial "pelo Brasil e pelo ex-presidente", para provocar um apelo emocional ao ato, que deve ter como foco a máxima bolsonarista: "Deus, pátria e família".
Em vídeo publica nas redes sociais, Malafaia pediu a prisão de Alexandre de Moraes, ameaçando outros cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), entre eles o presidente da corte, Luis Roberto Barroso. Cármen Lucia e Luiz Fux, assim como os bolsonaristas Kássio Nunes Marques e André Mendonça também são alvos do achaque.
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Após destilar ódio e ameaças em um chilique sem precedentes, Malafaia diz aos ministros que se eles não se pronunciarem "vão arrumar problemas no Brasil" e se antecipa a uma iminente prisão de Bolsonaro.
"Dia 25 de fevereiro, com Bolsonaro ou sem Bolsonaro, nós vamos estar na Paulista, porque não vamos aceitar o atentado ao Estado Democrático de Direito. Se tem alguém que deu golpe é Alexandre de Moraes. Ele tem que tomar um impeachment e ser preso", diz aos berros o pastor, antes de "abençoar" os seguidores.
Nesta quarta-feira (14), o governador paulista Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) afirmou que estará no ato, que causa incômodo a outro bolsonarista, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
Moraes
A ofensiva dos extremistas acontece em meio à tentativa desesperada de livrar Bolsonaro da iminente prisão por comandar a organização criminosa que tentou um golpe de Estado.
Advogados do ex-presidente entraram com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar afastar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria das investigações.
A arguição de impedimento contra Moraes foi proposta ao presidente do Supremo, Luis Roberto Barroso, e utiliza um argumento já propagado por Bolsonaro na horda de apoiadores.
O pedido diz que Moraes "assumiu, a um só tempo, a condição de vítima e de julgador".
"Uma narrativa que coloca o ministro relator no papel de vítima central das supostas ações que estariam sendo objeto da investigação, destacando diversos planos de ação que visavam diretamente sua pessoa", diz o pedido.
O pedido acontece no mesmo dia em que foi divulgado parte do relatório da Polícia Federal (PF) sobre a investigação dizendo que há provas de que Bolsonaro "analisou e alterou" a minuta golpista entregue à Organização Criminosa pelo ex-assessor, Filipe Martins, que segue preso desde a operação desencadeada na quinta-feira passada, dia 8.