O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), participou de forma virtual do evento de extrema direita CPAC, realizado em Buenos Aires, Argentina, nesta quarta-feira (4).
Durante sua fala, Bolsonaro reiterou suas principas narrativas no atual contexto: negar envolvimento na tentativa de golpe de Estado pela qual é indiciado, defender anistia aos participantes dos ataques terroristas de 8 de janeiro e criticar o Supremo Tribunal Federal (STF).
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Além disso, o ex-presidente elogiou a economia argentina - que enfrenta uma queda projetada de 4% no PIB em 2024 e possui mais da metade da população em situação de pobreza. Ele afirmou que, sem os impactos da pandemia e da guerra na Ucrânia, seu governo seria similar ao do presidente argentino Javier Milei.
"Nós fizemos no Brasil algo parecido com o que você está fazendo na Argentina, mas tivemos dois problemas: a pandemia e a guerra na Ucrânia. Nós também reduzimos a carga tributária e, por três meses consecutivos, tivemos deflação. Eu espero que a Argentina continue nessa linha. Os problemas vão aparecendo, mas vamos driblando. A volta de Donald Trump nos dá forças. Ele já reclamou da anistia do filho do Biden e sugeriu que também haveria anistia aos invasores do Capitólio, o que nos leva a defender que também exista anistia aos patriotas que saíram às ruas em 8 de janeiro no Brasil", declarou Bolsonaro.
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O ex-presidente também alegou que não houve tentativa de golpe de Estado, mas apenas discussões com a cúpula militar e aliados sobre "hipóteses constitucionais".
"Não houve golpe. Nós apenas conversamos sobre hipóteses constitucionais, mas Lula da Silva quer dizer que eu tentei dar um golpe de Estado. Temos um juiz na Suprema Corte que não segue o devido processo legal. Ele se faz de vítima. E por isso não tenho meu passaporte. Mas espero que me devolvam para que eu possa comparecer à posse do Trump, que me convidou", completou o indiciado.