ORCRIM GOLPISTA

Mendes sobre plano para matar Lula: não estavam no Acre fazendo exercício lítero-poético-recreativo

Decano do STF, Mendes classificou como de "extrema gravidade" o plano que teria sido tramado na residência do general Braga Netto para assassinar Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes, seu colega na corte

Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal.Créditos: Rosinei Coutinho/STF
Escrito en POLÍTICA el

Decano do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes soltou mais uma de suas pérolas ao analisar, em entrevista a Paulo Cappelli no site Metrópoles, o inquérito sobre a Organização Criminosa (OrCrim) golpista de Jair Bolsonaro (PL) que tentou um golpe de Estado após a derrota do ex-presidente para Lula nas eleições de 2022.

Mendes classificou como de "extrema gravidade" o plano que teria sido tramado na residência do general Walter Braga Netto, que está preso, para assassinar Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes, seu colega na corte, e fez uma ilustração comparativa para mostrar a consistência da investigação.

"“O relatório tem mais de 800 páginas. Nós vemos atos muito mais concretos. Quando se trata, por exemplo, de falar do assassinato do presidente da República eleito, do vice-presidente eleito, do assassinato de um ministro do Supremo. São coisas de extrema gravidade. E não eram pessoas que estavam lá no Acre fazendo um exercício lítero-poético-recreativo. Eram pessoas que estavam com dinheiro, estavam com carros, estavam se deslocando, monitorando essas pessoas”, afirmou.

O ministro ainda saiu em defesa de Moraes por decretar a prisão de Braga Netto que, segundo a PF, foi um dos principais articuladores da intentona golpista e estaria tentando obstruir as investigações.

“Veja que o próprio inquérito foi atrasado por conta dessas últimas investigações. Esses fatos últimos surgiram mais recentemente e levaram à prisão do general Braga Netto. Que é um fato grave. Ninguém decidiria pela prisão de um general 4 estrelas, com toda a sua representatividade, se não houvesse substância bastante grande em relação aos fatos que estão sendo imputados", afirmou.

“Vamos avaliar eventualmente a denúncia. Certamente será um elemento mais consistente feita pelo procurador-geral da República [Paulo Gonet]. E, depois, os desdobramentos. Mas um dado parece certo: a investigação é bastante consistente. Acha documentos impressos em impressoras do Palácio do Planalto, comunicações entre essas pessoas, envolvimento dessas pessoas. E todos tinham cargos públicos. Então tudo isto é bastante sério”, emendou o decano do Supremo.

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