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Governo pressiona Youtube para retirar fake news sobre saúde de Lula do ar

Na mão de bolsonaristas, teorias conspiratórias completamente absurdas viralizam nas plataformas. AGU parte para cima

Lula foi clicado pelas câmeras andando já nesta sexta-feira (14)Créditos: Reprodução/Instagram/janjalula
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Nesta sexta-feira (13),  a Advocacia-Geral da União (AGU) notificou o YouTube exigindo a remoção, em até 24 horas, de vídeos com informações falsas sobre a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde a internação do presidente para realização de uma craniotomia, uma série de conspirações tem se espalhado nas redes bolsonaristas, incluindo a de que Lula seria um sósia, ou que estaria morto e teria sido substituído por um clone.

Apesar de completamente absurdas, vídeos com conspirações do tipo postados nesta sexta-feira já possuem mais de 90 mil visualizações na rede social.

A entidade destaca que os procedimentos médicos de Lula ocorreram sem intercorrências, conforme boletins do hospital e afirma que os vídeos promovem desinformação com o objetivo de enganar o público.

“Trata-se, portanto, de desinformação, pois expõe manifestação sobre fatos que não condizem com a realidade, cujo propósito é o de enganar o público sobre a real condição de saúde do Presidente da República. Além de enganosas e fraudulentas, as postagens configuram-se como ato antijurídico, uma vez que violam o direito à informação (art. 5º, inciso XIV e art. 220, da CRFB) e extrapolam os limites da liberdade de expressão, caracterizando-se como evidente abuso de direito (art. 187 do Código Civil)”, aponta a Advocacia-Geral, em trecho da notificação.

A AGU argumenta que os conteúdos também infringem as diretrizes do YouTube, que proíbem desinformação e discursos de ódio. Além disso, ressaltou que alguns vídeos incluem pedidos de doações, o que exige conformidade com as políticas de monetização da plataforma.

“Dessa forma, as narrativas identificadas apresentam desinformação sobre o estado de saúde do Presidente, inclusive sobre sua morte, gerando confusão a respeito de assunto de relevância pública, com potencial de atingir a confiança nas instituições públicas e, em particular, afetar a própria estabilidade política e econômica do país”, alerta a AGU em outro trecho do documento.

Caso os vídeos não sejam removidos, a AGU pede que sejam identificados e marcados com informações oficiais, conforme os boletins médicos divulgados.

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