AMEAÇA À DEMOCRACIA

VÍDEO: Flávio Bolsonaro passa vergonha com discurso bizarro sobre armas

O senador misturou temas, se perdeu e apresentou uma fala que parece ter sido escrita pelo seu irmão Carlos

VÍDEO: Flávio Bolsonaro passa vergonha com discurso bizarro sobre armas.Créditos: Reprodução redes sociais
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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez um discurso completamente bizarro na quinta-feira (12) durante o processo de votação da inclusão ou não de armas e munições no chamado "imposto do pecado". Para justificar o seu voto contrário, o parlamentar defendeu que se arme a população, pois esta tem o direito de se defender.

"O marginal compra arma em loja? No Rio de Janeiro, só esse ano, foram apreendidos 604 fuzis, só pela Polícia Militar. Sabe quanto o estado do Rio de Janeiro arrecadou de ICMS com isso? Zero. As armas compradas via contrabando. O Rio de Janeiro não fabrica fuzis”, iniciou Flávio Bolsonaro.

Em seguida, o senador defendeu que a população se arme: "São essas armas que estão impactando na violência nas ruas. No Rio de Janeiro tem barraquinha de cachorro-quente sendo assaltada por bandido com fuzil [...] vocês acham que algum marginal desses fica feliz ou triste quando encontra alguém legalmente armado? Policial ou cidadão ordeiro? O marginal só respeita o que ele tem medo, infelizmente.”

Diante da bobagem que falou, o senador tenta consertar o próprio pensamento: "Ninguém está querendo transferir a responsabilidade da segurança pública pro cidadão comum [...] a segurança é um direito. O direito exerce quem quer. O que está sendo tentado aqui é inviabilizar [o acesso a armas].”

Ao término de sua análise, Flávio Bolsonaro faz uma análise bizarra sobre segurança pública para justificar o seu voto: "A polícia pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo? Não! O que é que a gente fala para uma pessoa que mora no interior do Amazonas, no interior do Amapá, que hoje é o estado mais violento do Brasil, ou no interior do Rio de Janeiro, onde a polícia pode demorar até 2 horas para chegar pra atender uma ocorrência.”

Apesar do discurso bizarro, a posição do senador Flávio Bolsonaro foi vencedora, e as armas e munições ficaram de fora do "imposto do pecado".

O senador Eduardo Braga (MDB-PA), relator da proposta de regulamentação da Reforma Tributária, respondeu ao discurso de Flávio Bolsonaro:

"O que se trata aqui não é proibição da compra de armas, esta não é uma posição ideológica, está uma posição que quer que apenas armas e munições não tenham redução de carga tributária. Forças armadas e segurança pública não pagam Imposto Seletivo. Isso é feito para miliciano, para segurança pública."

A regulamentação da Reforma Tributária foi aprovada por 49 votos a 19. Agora, o texto volta para a Câmara dos Deputados, que dá a palavra final.

Confira no vídeo abaixo o discurso de Flávio Bolsonaro: 

 

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