FASCISMO BOLSONARISTA

"Admiro Hitler": secretário de prefeita bolsonarista faz apologia ao nazismo; ouça o áudio

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, reeleita com o apoio de Bolsonaro, disse que secretário Anderson Gonzaga da Silva Assis se defendia de uma "montagem maldosa"

Anderson Gonzaga da Silva Assis, Secretário especial de segurança e defesa social de Campo Grande.Anderson Gonzaga da Silva Assis, Secretário especial de segurança e defesa social de Campo GrandeCréditos: Reprodução / Instagram
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Secretário especial de segurança e defesa social de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, o guarda civil metropolitano (GCM) Anderson Gonzaga da Silva Assis fez apologia ao nazismo ao rasgar elogios a Adolph Hitler em áudio vazado nesta semana.

"A Alemanha é a potência que é hoje graças ao Hitler. Estrategista, um cara inteligente, foi ditador, sim [...] conquistou o que conquistou graças às estratégias e inteligência dele […] Eu queria ser um terço daquele líder”, diz Assis na gravação feita durante uma reunião com membros do Ronda Ostensiva Municipal (ROMU) no início do ano.

“Infelizmente quando mexe com pessoas, seres humanos, cada um pensa de um jeito [...] Eu tenho a minha consciência, fizeram até videozinho meu aí na internet chamando de Hitler. Eu até admiro Hitler, porque foi um cara inteligente", emendou o GCM.

A capital de Mato Grosso do Sul é administrada pela prefeita Adriane Lopes (PP), reeleita com o apoio de Jair Bolsonaro (PL).

Em nota, a prefeitura minimizou as declarações de Assis, dizendo que a fala se defendeu quando ele se defendia de uma "montagem maldosa". "É importante esclarecer o ponto sobre o contexto em que o tema foi levantado naquela ocasião", diz a nota enviada ao portal G1.

O secretário ainda ganhou apoio do Sindicato dos Guardas Municipais da cidade (SindGCM-CG) que diz ter se colocado "como um dos fiadores da permanência do então interino Secretário Gonzaga ante a mesa da ilustre Prefeita Adriane Lopes (há memórias para se recordar disso)".

"Não se pode admitir que um trecho de uma fala descontextualizada possa ser considerada como crime", diz a nota.

"O GCM Gonzaga manifestou-se que se trata de um equívoco, mas nós do SINDGM/CG vemos isso com máxima cautela possível, do ponto de vista sindical não há nada que justifique o 'justiçamento' a que o GCM Gonzaga está sendo submetido, pois da instância laboral é que se tem notícia de que este trabalhador, ora Secretário, não pode ser exposto desta forma", diz o texto assinado pelo presidente do sindicato, Hudson Pereira Bonfim.

Ouça o áudio