Em mais uma dura declaração contra o massacre promovido pelo governo sionista de Israel na Faixa de Gaza, Lula afirmou, ao deixar a Etiópia na manhã deste domingo (18), que o genocídio na região palestina só encontra um precedente na História do mundo: "quando Hitler resolveu matar judeus".
A declaração se deu quando Lula afirmou que o Brasil vai voltar a defender na Organização das Nações Unidas (ONU) o direito de existência de um estado Palestino na região, algo que é desrespeitado por Israel desde 1948. O país também aumentará as doações para a Palestina.
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Lula ainda voltou a criticar a suspensão da ajuda humanitária para a UNRWA, agência das Nações Unidas de Assistência e Trabalho para Refugiados da Palestina no Oriente Próximo - na sigla em inglês - após lobby de Israel.
Em janeiro, mais de 10 países, entre eles os Estados Unidos e a França, interromperam o envio de dinheiro depois que funcionários da organização foram acusados sem provas por Israel de ajudar o Hamas a atacar o país em 7 de outubro de 2023.
"Ora, se teve algum erro nessa instituição que recolhe o dinheiro, então apura-se quem errou. Mas, não suspenda a ajuda humanitária a um povo que está há quantas décadas tentando construir seu Estado", disse Lula.
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"O Brasil vai reconhecer na ONU que o Estado palestino seja reconhecido oficialmente como pleno e soberano. [...] É preciso parar de ser pequeno quando a gente deve ser grande. O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum momento histórico... Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", emendou o presidente brasileiro.
Lula ainda criticou duramente a ofensiva de Israel, dizendo que o que acontece na Palestina é a guerra de um dos mais potentes exércitos do mundo contra "mulheres e crianças".
"Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar contribuição para a questão humanitária aos palestinos, fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente e qual tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio. Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um exército altamente preparado e mulheres e crianças", afirmou.
Lula ainda voltou a apontar a fragilidade dos organismos multilaterais, em especial do Conselho de Segurança da ONU, na mediação de conflitos pelo mundo.
"Nós não temos governança. Eu digo todo dia: a invasão do Iraque não passou pelo Conselho de Segurança da ONU, a invasão da Líbia não passou pelo Conselho de Segurança da ONU, a invasão da Ucrânia não passou pelo Conselho de Segurança da ONU. E a chacina de Gaza não passou pelo Conselho de Segurança da ONU. Aliás, as decisões do Conselho não foram cumpridas [por Israel] e tampouco foi cumprida a decisão do Tribunal Penal no processo da África do Sul [que acusou o estado sionista de genocídio]. O que estamos esperando para humanizar o ser humano? É isso o que está acontecendo no mundo. O Brasil condenou o Hamas, mas o Brasil não pode deixar de condenar o que o Exército de Israel está fazendo na Faixa de Gaza", concluiu.
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