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Moro, que condenou Lula por 'ato de ofício indeterminado', passa pano para Bolsonaro

Em duas frases, Moro, que deixou de ser juiz da Lava Jato para entrar no governo Bolsonaro, soltou duas pérolas para defender o ex-presidente, indiciado por golpe, e virou alvo de uma avalanche de piadas na rede X

Cenas do 'bromance' entre Moro e Bolsonaro: "uma coisa só", segundo Rosângela Moro.Créditos: Redes sociais
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Ex-juiz da Lava Jato, que deixou a magistratura para assumir como "super ministro" de Jair Bolsonaro (PL) após prender e tirar Lula das eleições de 2018, o senador Sergio Moro (União-PR) virou chacota mais uma vez nas redes sociais na manhã deste sábado (23).

No limbo político depois de quase perder o mandato por falcatruas eleitorais, Moro foi à rede X e se pronunciou brevemente sobre o indiciamento de Jair Bolsonaro e outros 36 membros - 25 deles militares - da organização criminosa que tentou um golpe de Estado no Brasil em 2022 pela Polícia Federal (PF).

O senador, que reatou com o ex-presidente na campanha eleitoral de 2022 após ser escorraçado pelo clã ao deixar o governo fazendo acusações nunca provadas, passou pano para Bolsonaro, exigindo provas que nunca apresentou nos processos que julgou na Lava Jato.

"Sem que o relatório do inquérito seja tornado público é inviável qualquer juízo de valor", declarou.

Na segunda frase, Moro teve a capacidade de soltar mais uma pérola.

O ex-juiz, que manipulava a mídia liberal em acordos escusos e chegou a levantar sigilo da delação sem provas de Antônio Palocci em 2018, teve a pachorra de escrever que "a opinião pública não pode ser pautada pela informação isolada sobre o indiciamento".

"Engraçado é que quando vc era juiz manchete jornalística era prova", disparou Eduardo Lunel, em uma sequencia de invertidas ao ex-juiz na rede X.

O jornalista Jeferson Miola lembrou Moro da atuação que teve à frente da Lava Jato, quando condenou Lula por "ato de ofício indeterminado" por não encontrar quaisquer provas contra o atual presidente.

"O Russo, como este juiz-ladrão era chamado pela sua ORCRIM de Curitiba foi tomado por um súbito garantismo penal? Tá defendendo teu bandidos prediletos? Deixa de ser pilantra e vai ler o relatório da PF, um trabalho técnico que nunca teve na república dos bandidos de Curitiba", disparou.

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