Eduardo Paes (PSD), o prefeito do Rio, usou as redes sociais para criticar uma publicação do juiz Marcelo Bretas que, a partir de um post, insinua que a tentativa de golpe de Estado não é um crime. O assunto ganhou a imprensa e as redes nesta semana por causa da operação da Polícia Federal (PF), que culminou na prisão de quatro militares do Exército e de um agente da PF que planejaram matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O juiz Marcelo Bretas ganhou notoriedade por ter assumido a "Lava Jato fluminense". No entanto, em fevereiro de 2023, ele foi afastado de suas funções de juiz federal pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que investiga sua conduta à frente dos processos da Lava Jato. Além disso, ele responde por três reclamações disciplinares.
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Em sua publicação, Eduardo Paes detona Marcelo Bretas: "Delinquente sendo delinquente".
Marcelo Bretas não responde, mas quem resolve entrar no quiproquó é o ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União-PR), que ataca Eduardo Paes: "Delinquente eram os seus amigos que ele prendeu".
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Eduardo Paes, então, responde a Sergio Moro: "Vocês dois são o exemplo do que não deve ser o judiciário. Destruíram a luta contra a corrupção graças à ambição política de ambos. Você ainda conseguiu um emprego de ministro da Justiça e foi mais longe na política. Esse aí nem isso. Ele era desprezado pelo próprio Bolsonaro, que fez uso eleitoral das posições dele. E quem me disse isso foi o próprio ex-presidente. Recolha-se à sua insignificância. Aqui você não cresce! Lixo!"
Moro não se dá por satisfeito e replica Eduardo Paes: "Errado, quem destruiu o combate à corrupção foram os amigos dos delinquentes, ou seja, sua própria turma da impunidade. Ofensa de baixo calão não muda os fatos e só mostra quem ou o que você é."
Eis que Eduardo Paes humilha Sergio Moro e o responsabiliza pela quebra das instituições do Brasil: "Você é quem viabilizou a ruptura das instituições desse país com a sua politização da atividade de magistrado. Até hoje acho que você não percebeu o mal que fez ao país ao virar ministro do adversário do cara que você mandou prender sem provas. Essas tentativas de golpe e essas histórias assustadoras que estamos vendo agora têm origem na sua cruzada política. Hoje, se há impunidade, é porque você desacreditou a justiça. Eu tenho tranquilidade em relação aos meus atos e minha trajetória política e não passo a mão na cabeça de golpista nem de delinquente nenhum. E reafirmo que seu lugar será o lixo da história!"