Atuando como adido militar na Embaixada brasileira em Tel Aviv, em Israel, o coronel Fabrício Moreira de Bastos, que foi indiciado como membro da Organização Criminosa (OrCrim) golpista de Jair Bolsonaro (PL), recebeu do presidente Lula uma das mais altas condecorações da República.
Em 20 de novembro de 2023, o militar participou da entrega da Ordem do Rio Branco e recebeu a condecoração de comendador, o terceiro dos cinco graus da honraria.
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Segundo o governo, a indicação partiu da embaixada brasileira em Israel porque o militar teria tido uma atuação determinante na operação de repatriação de brasileiros quando teve início o genocídio do governo sionista de Benjamin Netanyahu na Faixa de Gaza.
Ele teria sido o elo brasileiro com as Forças de Defesa de Israel para localizar brasileiros que quiseram deixar a região após o massacre perpetrado sobre o povo palestino.
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A indicação passou pelo Ministério da Defesa, comandado por José Múcio, que avalizou o recebimento da honraria pelo coronel.
Segundo a Polícia Federal, Moreira de Bastos estaria envolvido na carta que buscava apoio da alta cúpula militar ao golpe. O coronel é bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras.
Ele atuou como comandante do 52º Batalhão de Infantaria de Selva (52º BIS) até 13 de janeiro de 2022, quando passou o bastão para o Tenente-Coronel Alexandre Grangeiro de Lima.
Em 5 de Setembro, o comandante do Exército, General Tomás Paiva, determinou que Bastos retorne ao Brasil em 30 de junho de 2025. No entanto, com o indiciamento o militar pode ter a vota antecipada pela cúpula das Forças Armadas.