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Eduardo Bolsonaro se desespera com indiciamento do pai e chora nas redes

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado democrático de direit

Eduardo Bolsonaro se desespera com indiciamento do pai e chora nas redes.Créditos: Agência Senado/Arquivo
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), assim como o restante de sua família, entrou em estado de pânico e desespero com o indiciamento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e de mais 36 pessoas pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Dessa maneira, Eduardo Bolsonaro, que debochou do Supremo Tribunal Federal (STF) durante a campanha presidencial de 2018 ao dizer que, caso o STF tentasse impugnar a candidatura do pai, teria "que pagar para ver o que acontece", e afirmou: "Se quiser fechar o STF, você não manda nem um jipe, manda um soldado e um cabo", agora se faz de vítima e alega que o ministro Alexandre de Moraes atua com "vingança".

"Não há racionalidade na vingança. É como aquele casal separando em que ambos os pais utilizam o filho, da pior maneira, a fim de satisfazer seus sentimentos pessoais contra o cônjuge", disse Eduardo Bolsonaro.

Em seguida, ele afirma que Moraes "não atinge Bolsonaro, mas sim a democracia". Tal declaração é uma clara tentativa de inverter os fatos e criar narrativas para a horda bolsonarista.

Bolsonaro é indiciado por tentativa de golpe de Estado


 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal pela tentativa de golpe de Estado que encabeçou a partir dos últimos dias de 2022, após ser derrotado nas urnas pelo presidente Lula (PT) e ficar inconformado com sua saída do poder.

Vários outros ex-integrantes de seu governo, aproximadamente 35, também foram indiciados pela PF, e os crimes pelos quais são acusados são inúmeros, com destaque para abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa.

Com 884 páginas, o inquérito policial foi concluído no início da tarde desta quinta-feira (21) e agora será entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), ainda hoje. Desde já, a Procuradoria Geral da República (PGR) é quem fica incumbida de denunciar ou não os indiciados, para que então os réus, em caso de aceitação da denúncia, sejam julgados pelo STF.

Entre os principais indiciados estão:

Jair Bolsonaro, ex-presidente;

Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice na chapa derrotada;

Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin);

Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL)

Foram ainda indiciados outros 32 nomes envolvidos na trama:

Ailton Gonçalves Moraes Barros

Alexandre Castilho Bitencourt da Silva

Almir Garnier Santos

Amauri Feres Saad

Anderson Gustavo Torres

Anderson Lima de Moura

Angelo Martins Denicoli

Bernardo Romão Correa Netto

Carlos Cesar Moretzsohn Rocha

Carlos Giovani Delevati Pasini

Cleverson Ney Magalhães

Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira

Fabrício Moreira de Bastos

Filipe Garcia Martins

Fernando Cerimedo

Giancarlo Gomes Rodrigues

Guilherme Marques de Almeida

Hélio Ferreira Lima

José Eduardo de Oliveira e Silva

Laercio Vergilio

Marcelo Bormevet

Marcelo Costa Câmara

Mario Fernandes

Mauro Cesar Barbosa Cid

Nilton Diniz Rodrigues

Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira

Rafael Martins de Oliveira

Ronald Ferreira de Araujo Junior

Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros

Tércio Arnaud Tomaz

Wladimir Matos Soares

No caso de condenação, por cada um dos seguintes crimes, os indiciados podem ser condenados a:

4 a 12 anos de prisão por Golpe de Estado

4 a 8 anos de prisão por Abolição violenta do Estado Democrático de Direito

3 a 8 anos de prisão por Integrar organização criminosa