O presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha “pleno conhecimento” do plano de envenenamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Segundo antecipou a CNN, a PF deve indiciar Bolsonaro e seus aliados no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil depois do resultado das eleições presidenciais de 2022.
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Além de Bolsonaro, deverão ser indiciados os ex-ministros general Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Defesa), além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin.
A PF deverá entregar o resultado das investigações ainda nessa quinta-feira (21).
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A lista constará em um longo relatório que será entregue pelos investigadores ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet.
Pedidos de prisão
A Fórum apurou que, diante dos fatos divulgados com o levantamento do sigilo sobre o pedido feito ao STF para a prisão da facção homicida da OrCrim de Bolsonaro, os investigadores cogitam pedir as prisões preventivas dos generais Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e de Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa do ex-presidente em 2022. Para que isso ocorra, uma operação relâmpago pode ser desencadeada nas próximas horas.
Heleno, que seria o chefe da transição, e Braga Netto, que atuaria como coordenador do "gabinete de crise" até a instauração da Ditadura bolsonarista, são considerados peças-chaves na arquitetura do golpe. O receio é que, com as provas contundentes, os dois militares tentem fugir do país - ou, ainda, influenciar de alguma forma a atual cúpula das Forças Armadas.
Segundo fontes ouvidas pela Fórum, os investigadores estariam em contato com o comando das Forças Armadas já que a lista de indiciados vai incluir militares de alta patente.
Entre os nomes certos que serão indiciados estão o general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, ex-comandante do Exército e ex-ministro da Defesa, e o almirante Almir Garnier, que comandou a Marinha e teria colocado as tropas à disposição do golpe.
Os investigadores da PF também cortarão na própria carne. Agentes da corporação, especialmente os que atuaram sob o comando de Alexandre Ramagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), estão na lista de indiciados.
O rol ainda inclui Anderson Torres, ex-ministro da Defesa, e Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A previsão é que o documento seja entregue até o final da tarde desta quinta-feira ou, no máximo, na manhã desta sexta-feira (22).