Após três horas de depoimento, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), considerou positiva a fala de Mauro Cid e manteve a validade da delação premiada, ou seja, todas as medidas continuam a valer. As informações são do G1.
Mauro Cid, que era o "faz-tudo" do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi convocado a prestar um novo depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, no STF, após a operação da Polícia Federal descobrir um plano organizado por militares para matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
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A Polícia Federal trabalhava com a desconfiança de que Mauro Cid sabia da trama de alguns militares do Exército, mas que a omitiu em sua delação premiada.
Caso o ministro Alexandre de Moraes não considerasse satisfatória a declaração de Mauro Cid nesta quinta-feira (21), a delação premiada poderia ser anulada, e o militar, que atuou como "faz-tudo" do ex-presidente Jair Bolsonaro, voltaria para a prisão.
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Em depoimento à Polícia Federal, Mauro Cid afirmou que desconhecia o plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Porém, a trama em questão foi descoberta a partir de conversas encontradas no celular de Cid. As informações são do G1.
Bolsonaro é indiciado por tentativa de golpe de Estado
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal pela tentativa de golpe de Estado que encabeçou a partir dos últimos dias de 2022, após ser derrotado nas urnas pelo presidente Lula (PT) e ficar inconformado com sua saída do poder.
Vários outros ex-integrantes de seu governo, aproximadamente 35, também foram indiciados pela PF, e os crimes pelos quais são acusados são inúmeros, com destaque para abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa.
Com 884 páginas, o inquérito policial foi concluído no início da tarde desta quinta-feira (21) e agora será entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), ainda hoje. Desde já, a Procuradoria Geral da República (PGR) é quem fica incumbida de denunciar ou não os indiciados, para que então os réus, em caso de aceitação da denúncia, sejam julgados pelo STF.
Entre os principais indiciados estão:
Jair Bolsonaro, ex-presidente;
Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice na chapa derrotada;
Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin);
Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL)
Foram ainda indiciados outros 32 nomes envolvidos na trama:
Ailton Gonçalves Moraes Barros
Alexandre Castilho Bitencourt da Silva
Almir Garnier Santos
Amauri Feres Saad
Anderson Gustavo Torres
Anderson Lima de Moura
Angelo Martins Denicoli
Bernardo Romão Correa Netto
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
Carlos Giovani Delevati Pasini
Cleverson Ney Magalhães
Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
Fabrício Moreira de Bastos
Filipe Garcia Martins
Fernando Cerimedo
Giancarlo Gomes Rodrigues
Guilherme Marques de Almeida
Hélio Ferreira Lima
José Eduardo de Oliveira e Silva
Laercio Vergilio
Marcelo Bormevet
Marcelo Costa Câmara
Mario Fernandes
Mauro Cesar Barbosa Cid
Nilton Diniz Rodrigues
Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
Rafael Martins de Oliveira
Ronald Ferreira de Araujo Junior
Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros
Tércio Arnaud Tomaz
Wladimir Matos Soares
No caso de condenação, por cada um dos seguintes crimes, os indiciados podem ser condenados a:
4 a 12 anos de prisão por Golpe de Estado
4 a 8 anos de prisão por Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
3 a 8 anos de prisão por Integrar organização criminosa