Ex-ministro no primeiro governo Lula e liderança histórica do PT, José Dirceu implicou Jair Bolsonaro (PL) diretamente no plano para assassinar Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que classificou como "assustador".
"É assustador nesse caso. A segurança do presidente das instituições está acima de qualquer outra questão. Porque senão não podemos falar em democracia, se a própria pessoa do presidente eleito pode ser vítima de um assassinato. A participação intelectual, autoria, eram só dos oficiais? Se o general Braga Neto sabia, o Bolsonaro não sabia? Isso era inverossímil", afirmou.
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Dirceu ainda enfatizou que "Bolsonaro tem que responder" pelo plano de assassinato e pela tentativa de golpe que, segundo ele, já foi comprovada pela Polícia Federal e pelos próprios fatos desencadeados.
"Isso beira o ridículo. Então, a responsabilidade do Bolsonaro é muito grande. Dele ter ido para os Estados Unidos já era um sinal péssimo. Ficar fora do país, ter acontecido o 8 de janeiro, mais grave agora com essas revelações, o Bolsonaro está totalmente comprometido com o que aconteceu. Não vejo como não estar", disse.
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O ex-ministro, que recuperou seus direitos políticos após anulação das condenações do lawfare da Lava Jato, ainda pediu uma investigação dentro das Forças Armadas pelos crimes cometidos por militares de alta patente que se envolveram tanto com o plano de assassinato quanto com a tentativa de golpe de Estado.
Dirceu ainda se colocou contra os movimentos de anistia defendidos pelos bolsonaristas e afirma que deve haver uma punição severa aos envolvidos. "Se não matarmos esse ovo de serpente, essa serpente voltará".